Candidata a miss tem queimaduras ao se bronzear
A jovem deixou de participar do Miss Continente DF após passar produto em clínica sem alvará
© Arquivo Pessoal
Brasil clínica clandestina
Uma clínica de estética clandestina está sendo investigada pela Polícia Civil. Uma das clientes teve lesões e deixou de participar de um concurso de beleza devido às queimaduras provocadas por sessões “naturais” de bronzeamento. O estabelecimento está localizada em uma residência em Vicente Pires, no Distrito Federal.
De acordo com o jornal Metrópoles, a proprietária do local, que não tem alvará de funcionamento, foi autuada por lesão corporal.
A modelo Blenda Soares Gomes, 26 anos, registrou a ocorrência, investigada pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires). Blenda sofreu queimaduras em decorrência do procedimento.
A vítima relatou que uma esteticista usou um pincel para passar um creme à base de beterraba e urucum por todo o seu corpo. Depois afirma que foi recomendada que ficasse exposta ao sol das 11h30 às 13h45. No depoimento à polícia, a jovem relatou que, ao chegar em casa, o corpo estava muito vermelho, apareceram bolhas e a pele começou coçar. “Fiquei assustada e liguei para a esteticista. Ela disse que as bolhas e manchas sumiriam rapidamente e eu logo ficaria bem”, disse Blenda.
Em função da queimadura, a modelo deixou de participar de uma apresentação no concurso que escolheria a Miss Continente DF 2016. “Como estava toda queimada, não consegui participar do desfile de biquíni. Entrei em depressão profunda por conta desse bronzeamento”, contou a moça, que disputava a seletiva como representante de Brazlândia.
Desesperada, Blenda procurou o Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito. O laudo pericial indicou que a vítima sofreu “descamação da epiderme na face ântero-interna das coxas e na região infra-umbilical, compatível com queimadura de primeiro grau”.
O jornal entrou em contato com a proprietária da clínica, Darlane Rodrigues, para falar sobre a denúncia feita por Blenda. A dona afirma que não atendeu a modelo. “Quando me mostraram a foto dela, não a reconheci. Não a tive como cliente”, disse.
Para Darlane, a ocorrência policial registrada contra ela pode ser uma “armação”. “Pode ter sido uma concorrente minha. Essa pessoa deve ser alguém querendo me prejudicar. Meu nome é o mais cotado no Facebook e o mais conhecido porque nunca tive problema com ninguém”, finaliza.