Dólar abre em queda com minério e China, mas sobe por ajustes pós PCE dos EUA e Powell
Às 9h41, o dólar à vista subia 0,37%, a R$ 5,0338. O dólar para maio ganhava 0,23%, a R$ 5,0485
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O dólar passou a subir na manhã desta segunda-feira, 1º de abril, e renovou máxima a R$ 5,0353 (alta de 0,40%) no mercado à vista, após abertura em baixa respondendo a uma leve realização de lucros na esteira de ganho de 0,86% em março e de 3,34% no primeiro trimestre do ano.
O mercado de câmbio ajusta-se ao fortalecimento do dólar e dos rendimentos intermediários e longos dos Treasuries após a divulgação da inflação PCE dos EUA em fevereiro e do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, durante a sexta-feira de feriado nos Estados Unidos e Brasil. Os investidores estão na expectativa também pelos PMIs industriais americanos em março (10h45 e 11 horas) e brasileiro (10 horas).
Exportadores podem ter vendido dólar nos primeiros negócios, estimulados pelo avanço de 2,61% do minério de ferro em Dalian nesta segunda-feira e dados de PMIs industriais na China em março acima das expectativas. No radar global na semana está o relatório de empregos dos EUA em março, o payroll, na sexta-feira.
Na última sexta-feira, o PCE dos EUA avançou 0,3% em fevereiro ante janeiro, abaixo da previsão de alta de 0,4%, e o núcleo, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% no mesmo período, em linha com a projeção. Na comparação anual, o PCE avançou 2,5% em fevereiro, ante 2,4% em janeiro, e o núcleo subiu 2,8%, ante 2,9% revisado. Os dados alimentam esperanças de que o Fed deve começar a reduzir juros a partir de junho.
Powell afirmou que dependerá exclusivamente dos dados e do desempenho da economia a definição sobre o momento para cortes de juros, e não de calendários políticos, alertando que o Fed pode, inclusive, estender o período de manutenção da política restritiva, se não houver progresso na redução da inflação.
Na China, o PMI industrial oficial do país aumentou para 50,8 em março, apontando a primeira expansão na manufatura após cinco meses de contração, enquanto a leitura da S&P Global/Caixin subiu para 51,1 no mês passado, atingindo o maior patamar desde fevereiro de 2023.
No Brasil, nos próximos dias, estão programados o boletim Focus, na terça; a produção industrial de fevereiro e o IPC-Fipe de março, na quarta; o fluxo cambial, a balança comercial em março, o saldo da conta corrente e o IDP de fevereiro, na quinta; o IGP-DI de abril e os dados do setor público consolidado em fevereiro, na sexta-feira.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas informou que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) arrefeceu a 0,10% no encerramento de março, após fechar fevereiro com variação de 0,55%. Na terceira quadrissemana de março, a alta foi de 0,22%. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,93% em 12 meses. A variação do IPC-S no mês veio no piso do intervalo das estimativas do Projeções Broadcast.
Às 9h41, o dólar à vista subia 0,37%, a R$ 5,0338. O dólar para maio ganhava 0,23%, a R$ 5,0485. O juro da T-Note 2 anos estava quase estável, a 4,621%, ante 4,623% na tarde de quinta-feira; enquanto o da T-Note 10 anos subia a 4,236%, ante 4,200%; e o do T_Bond 30 anos avançava a 4,396%, ante 4,343%.
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