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Crise transforma deficit da conta petróleo brasileira em superavit

Saldo positivo ficou em US$ 416 milhões, resultado das exportações menos as importações do produto e de seus derivados

Crise transforma deficit da conta petróleo
brasileira em superavit
Notícias ao Minuto Brasil

17:40 - 25/12/16 por Notícias Ao Minuto

Economia Inversão

Um dos principais rombos da balança comercial brasileira, a conta petróleo, transformou-se em superavit, graças à acentuada e prolongada crise econômica. No vermelho desde 1997, quando começa a série histórica atual, a conta petróleo é resultado das exportações menos as importações de petróleo e derivados.

De acordo com a Folha de S. Paulo, de janeiro a novembro, a conta petróleo acumulou superavit de US$ 416 milhões. No mesmo período do ano passado, o deficit estava em US$ 6,2 bilhões, conforme dados oficiais do governo.

"O bom resultado da conta petróleo é conjuntural. Quando a economia retomar o crescimento, será negativo de novo", afirma José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O superavit no setor de petróleo e derivados só foi alcançado com a ajuda da queda do preço do barril (que chegou a valer mais de US$ 100 em 2014 e hoje está cotado a cerca de US$ 50) e do menor consumo de combustíveis (queda de 4% de janeiro a novembro em relação ao mesmo período do ano passado), provocado pela recessão que já dura dois anos.

Nesse cenário, as importações de petróleo e derivados caíram 42% em valor e 18% em volume de janeiro a novembro. Isoladamente, as compras externas de combustíveis recuaram 33,5%.

A queda da demanda local também permitiu que a Petrobras vendesse mais no mercado externo.

Ainda segundo a Folha, as exportações de petróleo e derivados recuaram 18,6% em valor devido à queda do preço médio anual do barril, mas subiram 7% em volume.

O consumo de petróleo e derivados acompanha de perto o desempenho da economia. Em 2012, ainda sob o impacto dos estímulos fiscais adotado pela gestão de Dilma Rousseff para a venda de veículos e do "congelamento" do preço da gasolina, a conta petróleo atingiu o rombo recorde de US$ 20,4 bilhões.

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