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PM que matou jovens mototaxistas trabalhava 'com ódio', diz colega

Em 2015, o sargento Carlos Fernando Dias Chaves teria confundido um macaco hidráulico com uma submetralhadora e acabou matando dois mototaxistas

PM que matou jovens mototaxistas trabalhava 'com ódio', diz colega
Notícias ao Minuto Brasil

09:20 - 25/11/19 por Notícias Ao Minuto Brasil

Justiça Crime

O sargento Carlos Fernando Dias Chaves, que responde pelo assassinato de dois jovens na Pavuna, no Rio de Janeiro, após ter confundido um macaco hidráulico com uma submetralhadora, foi 'denunciado' por um colega de batalhão do PM, no qual afirmou, numa ligação telefônica, que o praça “estava trabalhando com ódio”.

Segundo informações do jornal 'Extra', que obteve acesso às escutas feitas com autorização da Justiça, um diálogo entre dois agentes do 41º BPM (Irajá) mostra um dos policiais comentando os homicídios, que aconteceram em 2015, e afirmando que o sargento “ficava falando que ia matar, matar e com isso deixou de ser profissional” e que “qualquer um que ele pegasse, ia matar”.

No diálogo, um oficial do batalhão pergunta a um praça como a ação aconteceu e ele responde que os demais PMs que patrulhavam o local na ocasião “disseram para o Carlos Fernando não atirar, eles gritaram para não atirar, dizendo ‘ninguém atira, não atira, não é arma’”. Em seguida, o PM completa: “O Carlos Fernando mirou e atirou e ninguém entendeu nada”.

O policial também afirmou que o sargento tentou fugir do local do crime: “Carlos Fernando foi até o rapaz e, ao verificar que estava morto, disse para ‘meter o pé’”.

No Tribunal, Carlos Fernando afirmou que confundiu um macaco hidráulico que um dos jovens carregava na garupa de uma moto com uma submetralhadora. No depoimento, o sargento acusou os jovens, de 16 e 17 anos, de fazerem “disque drogas” e disse que só atirou porque pensou que sua equipe estava “em iminente perigo”.

Ainda segundo informações da publicação, o sargento ainda não foi julgado nem preso pelos crimes — o processo contra ele segue em andamento na 4ª Vara Criminal da capital.

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