Mulheres que retiraram amígdalas ou apêndice podem ser mais férteis
Estudo britânico sugere que as mulheres que tiveram de remover as amígdalas ou o apêndice parecem ser mais férteis
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As conclusões de um grupo de pesquisadores da Universidade de Dundee e da Universidade College London indicam que a probabilidade de engravidar era 34% maior para as mulheres que tinham removido o seu apêndice, 49% superior para as que removeram as amígdalas e 43% maior para as que removeram as duas coisas.
"Durante muitos anos os estudantes de medicina foram ensinados que a apendicectomia tinha um efeito negativo na fertilidade e as mulheres jovens, muitas vezes temiam que ter de remover o apêndice reduzia as suas hipóteses de engravidar mais tarde", disse Sami Shimi, da Universidade de Dundee, como cita o New York Post.
"Descobrimos que as mulheres que tiveram uma apendicectomia ou amigdalectomia, ou mesmo ambos, são mais propensas a engravidar, e mais cedo do que o resto da população em geral", destacou enquanto falava destes estudo em que participou e que durou 15 anos.
Cientificamente, como destaca o pesquisador, estas conclusões desafiam “o mito do efeito da apendicectomia sobre a fertilidade. Agora o que temos de estabelecer é exatamente porque é que é esse o caso".
Mas admite algumas possibilidades que possam explicar este fenômeno: é possível que a apendicectomia possa reduzir a inflamação pélvica devido a relações sexuais frequentes - tornando assim a gravidez mais fácil. Quanto à influência da remoção das amígdalas na fertilidade, o médico não sugere nenhuma explicação.
Para este estudo, publicado na revista Fertility and Sterility, foram analisados 54,675 pacientes que realizaram apendicectomias, 112,607 que fizeram amigdalectomias e 10,340 pacientes que passaram por ambas as cirurgias.