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Está na hora de banir o termo 'superalimento', dizem pesquisadores

Existem cada vez mais livros, artigos e estudos que descrevem determinados alimentos como superalimentos, mas qual a real diferença que eles fazem na saúde?

Está na hora de banir o termo 'superalimento',
dizem pesquisadores
Notícias ao Minuto Brasil

07:13 - 08/08/16 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Nutrição

Os superalimentos têm tanto de glorificados como de criticados. Enquanto algumas pessoas se mostram fieis a este conceito, outras preferem esperar por mais evidências científicas para incluírem na alimentação nomes como spirulina, chlorella, camu-camu, baobab, maca ou matcha.

Embora o termo superalimento possa estar sendo amplamente aproveitado para fins comerciais e de marketing, o benefício nutricional de determinados alimentos está longe de ser um mito alimentar. Contudo, a União Europeia proibiu (em 2007) o uso deste termo em embalagens sem que seja mencionado um benefício cientificamente comprovado, como se lê na BBC.

Ao Lifestyle ao Minuto,a naturopata Diana Patrício descreve um superalimento como um alimento que reúne condições sensacionais, mais concretamente, um alimento que mesmo em muito pequenas quantidades consegue dar uma riqueza nutricional muito grande e muito valiosa em termos de saúde. Já a nutricionista Sofia Pinto descreve um superalimento como aquele que possui características fora do comum e com muitos benefícios para a saúde.

O Dicionário Oxford, por exemplo, define um superalimento como "um alimento rico em nutrientes considerado especialmente benéfico para a saúde e bem-estar", mas o cerne da questão é o fato de o termo ter sido inventado para vender produtos. Os superalimentos são Marketing, diz Duane Mellor, cientista de nutrição da Universidade de Canberra, na Austrália e citado pela revista News Scientist.

Porém, mesmo depois de o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos ter analisado minuciosamente alguns alimentos e ter revelado a sua lista de superalimentos para 2016, as dúvidas quanto a este conceito continuam a surgir e dão azo a cada vez mais investigações na área da nutrição e na forma como a alimentação pode ser a chave para uma boa saúde.

Para tentar acabar com todas essas dúvidas, a revista New Scientist decidiu analisar minuciosamente alguns dos alimentos da moda, como a quinoa, as goji berries e as sementes de chia. E as conclusões não podiam ter sido mais esclarecedoras, afinal, o próprio título da publicação diz tudo: Superalimentos não significa nada, por isso parem de usar.

Segundo os pesquisadores responsáveis pela análise que, no caso das goji berries, existem poucos estudos que possam definir com exatidão o que são os polissacarídeos do Lycium barbarum, componente que faz destas pequenas bagas as aliadas da alimentação saudável. Embora este pequeno fruto vendido desidratado contenham altos níveis de zeaxantina, um pigmento benéfico para a prevenção de doenças degenerativas, a publicação defende que existem outros alimentos tão bons ou melhores do que as goji.

No caso da quinoa, um pseudocereal que ganha destaque pelo baixo nível de carboidratos e alto nível proteico, o único benefício está no valor de proteína, que pode ajudar atletas a recuperarem de problemas musculares. Quanto ao poder que exerce na saúde, a publicação defende que os estudos feitos até hoje têm poucos participantes para se tirar uma conclusão mais aprofundada sobre o assunto, embora defenda que as provas até agora conseguidas são promissoras.

Conhecidas por serem um alimento cujo consumo deve requerer alguns cuidados, as sementes de chia são um dos superalimentos da moda mais usados, porém, muitas pessoas continuam a consumir este alimento da forma errada. De acordo com os pesquisadores, a única forma de conseguir obter a totalidade de ácidos gordos ômega 3 incluindo aqueles que o organismo converte internamente é fazendo uma farinha com as sementes. 

Uma das conclusões do estudo é que alguns alimentos comercializados como superalimentos são nutricionalmente superiores a outros alimentos similares, mas nem todos os casos são assim. Os responsáveis pelo estudo vão mais longe e criticam inclusive o uso aplicado desta palavra atualmente: Os cientistas de nutrição têm pouco apetite para fazer os ensaios clínicos demorados e dispendiosos que possam fornecer respostas mais claras [sobre a existência de superalimentos]. Mas há uma solução: proibir o termo superalimento completamente. Essa palavra não significa nada.

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