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Saiba o que acontece 20 minutos, 3 h e 48 h após a exposição solar

Os danos solares são imediatos, por isso a pele fica vermelha

Saiba o que acontece 20 minutos, 3 h e 48 h após a exposição solar
Notícias ao Minuto Brasil

14:12 - 06/11/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle DANOS NA PELE

Os efeitos da radiação solar na pele são cumulativos, ou seja, as consequências podem surgir anos depois. Mas, no momento em que entra em contato com a pele, o que a radiação provoca? “Primeiro, precisamos entender as duas radiações: o UVA é o principal responsável pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas), sendo um tipo de radiação que atravessa nuvens, vidro e epiderme e penetra na pele em grande profundidade, até as células da derme – sendo o principal produtor de radicais livres. Entre os prejuízos: desde lesões mais simples até, em casos mais graves, câncer de pele. Já o UVB deixa a pele vermelha e queimada, danifica a epiderme e é mais abundante entre às 10 da manhã e às 4 da tarde. Essa radiação pode furar o bloqueio dos filtros químicos e aumentar o risco de cancerização”, comenta a dermatologista Dra. Thais Pepe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Mas já sabemos que nos primeiros 20 minutos de exposição solar, a radiação é capaz de reduzir nossas defesas da pele, em um dano que vai perdurar”, acrescenta.

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Nos primeiros 20 minutos – Nesse período, a pele já começa a sofrer oxidação por conta dos radicais livres, que geram vasodilatação, inflamação e vermelhidão – de acordo com a potência dos raios, segundo a médica. “Então, não adianta chegar à praia ou à piscina e esperar para passar o protetor solar nesse momento, porque há necessidade de, pelo menos, 20 a 30 minutos para que esse filtro solar comece a agir e nesse período já ocorre um ‘ataque’ importante em relação às células da pele”. Mas esse dano vai além.

Após 3 horas – Esse dano imediato da radiação persiste e se intensifica a partir de três horas. “A célula começa a ficar mais danificada e seu material genético sofre, por consequência, mutação, no qual há produção de dímeros no DNA, isto é, a troca de informações de ligação, desestabilizando esse material genético”, afirma. “Todo esse dano ao DNA leva à expressão do P53, uma proteína que em alta quantidade é ruim, pois vai gerar deficiência de agentes antioxidantes, genes que vão levar à morte celular, resultando no envelhecimento”, conta. Além disso, de acordo com a Dra. Thais, a formação de dímeros criam alteração significativa e irreversível principalmente no melanócito, ou seja, a célula protetora de cor, que vai continuar por até três horas (por isso a pele fica vermelha), tendo lesões posteriores e que podem inclusive levar a um processo de cancerização. “Nós sabemos por exemplo que o melanoma é um câncer de pele extremamente agressivo com alta capacidade de metástase e é oriundo dessas células que são os melanócitos”, afirma.

De 48 a 72 horas – O bronzeado, aquele transitório, aquele rosa avermelhado, o dourado, ele ocorre nas primeiras horas depois da exposição solar. “Mas só depois de 48 a 72 horas é que vamos ter a resposta da produção da melanina, seja ela castanha enegrecida ou amarela avermelhada, dependendo do fototipo do paciente. Esse bronzeado vai se depositar na pele como uma resposta fisiológica contra a agressão sofrida”

Todo esse processo ocorre quando há a exposição solar de um dia. Esse bronzeado pode durar até três ou quatro semanas e depois pelo próprio processo natural de renovação da camada mais superficial da pele, há uma perda gradual dessa pigmentação. “Outro dado importante e comum nas peles fotoenvelhecidas, aquelas peles que se expuseram muito ao sol, é a presença das sunburn cells, as células queimadas pelo sol”, afirma. Segundo a médica, as sunburn cells estão presentes quando houve a quebra da barreira, ou seja, a pele não conseguiu se proteger, o filtro solar estava aquém da necessidade para aquele fototipo, ou o estímulo solar foi prolongado demais, ou não houve a reaplicação desse filtro solar. “E por conta disso, a pele começa a sofrer uma série de alterações, todos decorrentes de um primeiro processo inflamatório, onde ocorre o eritema, a vasodilatação, o aumento da perfusão sanguínea, a sensação de calor local, depois o processo de ardência e, então, já começam os processos oxidativos, que é a formação dos radicais livres e superóxidos que causam um envelhecimento precoce das nossas células. Além disso, pela exposição solar contínua, deixamos de ter a defesa imunológica feita pelas células de Langerhans, e quando isso acontece, nós aumentamos a chance de cancerização da nossa pele”, alerta a médica.

Por fim, a Dra. Thais ressalta que o filtro solar deve ser passado na pele do corpo todo sem qualquer vestimenta, trinta minutos antes da exposição solar e reaplicado a cada duas horas em média, com uso de chapéu e óculos. “Além disso, aqueles que querem ir à praia, devem respeitar os horários recomendados que são: até 10h da manhã e depois das 4h da tarde”, finaliza.

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