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Rússia nega acusações sobre ataques em hospitais da Síria

O The New York Times publicou no domingo supostas provas de que a Rússia bombardeou hospitais na Síria

Rússia nega acusações sobre ataques em hospitais da Síria
Notícias ao Minuto Brasil

08:50 - 14/10/19 por Notícias Ao Minuto

Mundo The New York Times

O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, o general Igor Konashenkov, rebateu nesta segunda-feira (14) as acusações do jornal norte-americano The New York Times sobre os supostos ataques da Força Aérea russa contra hospitais na Síria.

"A entidade militar russa está sabendo da publicação do jornal norte-americano NYT [The New York Times] sobre os supostos ataques de caças russos contra 'hospitais' sírios. Antes de mais, gostaríamos de lamentar que um jornal sério torne-se vítima da manipulação de terroristas e dos serviços secretos britânicos", afirmou Konashenkov.

O The New York Times publicou no domingo supostas provas de que o exército russo bombardeou repetidamente e deliberadamente hospitais na Síria, onde intervém em apoio do regime sírio do Presidente Bashar al-Assad.

Ativistas e opositores sírios têm acusado em diversas ocasiões a Rússia de atingir hospitais e outros alvos civis em território sírio, algo que Moscow sempre negou.

O general Igor Konashenkov salientou, citado pela agência de notícias RIA Novosti, que o nível de vida dos sírios na zona de distensão de Idlib, controlada pelo grupo terrorista Frente al-Nusra, está longe do que a imprensa norte-americana apresenta.

Segundo uma organização não-governamental (ONG) que documenta ataques contra médicos na Síria, desde 2011, ano em que começou o conflito civil sírio, ocorreram pelo menos 583 ataques contra instalações hospitalares, dos quais 266 foram registrados desde que a Rússia começou a intervir militarmente, em setembro de 2015.

A investigação do jornal norte-americano publicada no domingo é centrada em quatro ataques que ocorreram nos dias 05 e 06 de maio.

Na ocasião, o Governo sírio e as forças russas aliadas intensificaram os bombardeamentos no noroeste da Síria, como na província de Idlib e em outras áreas da região, para tentar conquistar as últimas zonas ainda controladas por forças insurgentes e 'jihadistas'.

O artigo do The New York Times cita, entre outras provas, transcrições de comunicações de rádio da força aérea russa, registros de equipes de monitoramento do espaço aéreo, vídeos das estruturas atacadas e o relato de várias testemunhas locais.

Segundo o jornal, os registros de voo colocam os pilotos russos no local onde ficam os hospitais bombardeados nesses dois dias, mas também no momento exato dos ataques.

O The New York Times acrescenta que nas gravações de áudio, a que teve acesso, é possível ouvir os militares russos a confirmarem as coordenadas de cada alvo e os respectivos disparos.

Em agosto, as Nações Unidas anunciaram a abertura de um inquérito aos ataques registrados contra unidades hospitalares na Síria.

Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas', e várias frentes de combate.

Num território bastante fragmentado, o conflito civil na Síria provocou, desde 2011, mais de 370 mil mortos, incluindo mais de 100 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.

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