O departamento de Defesa norte-americano indicou, nesta sexta-feira (12), que o plano de cessar-fogo na Síria acordado pelas potências internacionais não afetará as operações da coligação liderada pelos Estados Unidos contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

"As nossas operações lá vão continuar", disse um porta-voz do Pentágono, o comandante Jeff Davis, em conferência de imprensa.

A coligação internacional está planejando na Síria uma ofensiva contra os 'jihadistas' do EI e da Al-Nusra, um ramo local da Al-Qaida, nenhum dos dois abrangido pelo plano hoje acordado por 17 países durante negociações conduzidas pelos Estados Unidos e pela Rússia.

O porta-voz do Pentágono rejeitou também a ideia de aumentou da cooperação militar na Síria entre Washington e Moscou, uma questão levantada pelos russos durante as conversações.

"Não há alteração", afirmou, acrescentando que a cooperação vai se manter limitada ao intercâmbio de informação para evitar acidentes no espaço aéreo sírio, uma vez que a Rússia está a efetuar a sua própria campanha de bombardeamentos.

As tropas norte-americanas não planejam, igualmente, envolver-se em operações humanitárias consideradas necessárias no novo acordo, disse Davis.

Persistem as dúvidas sobre se o ambicioso plano para apaziguar às hostilidades na Síria será eficaz. Se as medidas forem aplicadas na próxima semana, como estabelecido, tal será um passo em frente para deter a violência que já fez 260.000 mortos desde 2011.