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Maduro desiste de ir a cúpula na Colômbia e manda chanceler

Reunião está prevista para acontecer neste sábado (29), com a presença dos representantes de Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina

Maduro desiste de ir a cúpula na
Colômbia e manda chanceler
Notícias ao Minuto Brasil

18:15 - 29/10/16 por Folhapress

Mundo Venezuela

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cancelou, no último momento, sua viagem à Colômbia para participar da Cúpula Iberoamericana, anunciada também de forma surpreendente na sexta-feira (28).

Os jornalistas que aguardavam, no aeroporto de Cartagena, o voo que traria o controvertido mandatário foram surpreendidos quando, ao abrirem-se as portas do avião, quem dele desceu foi a chanceler Delcy Rodríguez, que dirigiu-se imediatamente ao Centro de Convenções, onde ocorre o evento.

A informação de que Maduro havia desistido foi confirmada pela chancelaria colombiana, que organiza a logística do evento.

A decisão de Maduro de vir ao encontro, tomada um dia antes, havia sido motivada pelas duras críticas que Maduro vinha recebendo na última semana de outros líderes presentes -principalmente do peruano Pedro Pablo Kuczynski, que pedia medidas contra o governo do país vizinho- e diante da possibilidade de os chanceleres do Mercosul realizarem uma reunião informal para tratar da crise venezuelana.

Tal reunião está prevista para acontecer ainda neste sábado (29), no final do dia, com a presença dos representantes de Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Já neste sábado (29), Maduro mudou de ideia e justificou-se, segundo a chancelaria venezuelana, dizendo que precisava preparar-se para o encontro com o representante do Vaticano que mediará o diálogo entre o governo e a oposição, que deve ter início neste domingo.

INTERVENÇÕES

Nas primeiras intervenções na Cúpula, os presidentes latino-americanos se referiram a temas políticos recentes. Ao abrir o encontro, o mandatário colombiano, Juan Manuel Santos, explicou sua posição com relação à nova etapa das negociações de paz, após a derrota do acordo a que haviam chegado o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), no último dia 2 de outubro.

"A paz da Colômbia será uma realidade", disse o mais recente Nobel da Paz. E acrescentou: "Assim que soube do resultado, eu o reconheci e convoquei um grande diálogo nacional pela reconciliação. Minha intenção é transformar esse surpreendente resultado negativo em uma grande oportunidade."

De fato, nas últimas semanas, Santos vem se reunindo com opositores do acordo, liderados principalmente pelos ex-presidentes Álvaro Uribe e Andrés Pastrana e alguns líderes religiosos.

Ele acrescentou que as propostas desses representantes já estavam sendo levadas à mesa de negociações, em Havana. Neste sábado mesmo (29), está acontecendo, paralelamente à Cúpula, um encontro entre Uribe e o líder da equipe de negociações, Humberto de la Calle.

Já o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, referiu-se novamente à crise na Venezuela e pediu que esse seja um tema a ser tratado com urgência na cúpula."É muito difícil ter uma reunião como essa sem falar desse problema. De minha parte, não há nenhum afã de interferir na política de outros países, nem um afã ideológico, mas sim um afã de que os iberoamericanos tomem o caminho de seguir adiante, e não de retroceder", disse.

Já o equatoriano Rafael Correa criticou o impeachment da ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, qualificando de frágeis as acusações que motivaram seu afastamento.Também manifestou solidariedade às investigações que estão sendo levadas adiante pelas Justiças brasileira e argentina contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner, respectivamente. Com informações da Folhapress.

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