O suspeito de ter cometido o atentado que matou 12 pessoas em um mercado natalino em Berlim jurou lealdade ao líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi, em vídeo divulgado pelo grupo terrorista nesta sexta-feira (23).

Anis Amri, 24, foi morto pela polícia italiana em Milão nesta sexta. O tunisiano foi morto em uma troca de tiros com policiais italianos, antes do amanhecer na cidade.

"Minha mensagem àqueles que promovem Cruzadas, bombardeando muçulmanos todos os dias... O sangue deles não será em vão. Nós somos uma nação por trás deles e vamos vingá-los", diz ele no vídeo. "Chamo meus irmãos muçulmanos em todas as partes... Aqueles na Europa, matem os porcos que promovem Cruzadas, cada pessoa conforme a sua habilidade."

Amri não faz, no vídeo, nenhuma menção específica ao atentado em Berlim.

Autoridades italianas afirmam que Amri foi abordado por dois policiais próximo da estação ferroviária de Sesto San Giovanni entre 3h e 3h30 (horário local). Ao ser parado, atirou em um deles, mas foi morto pelo colega do atingido. De acordo com o ministro italiano do Interior, o policial baleado não corre risco de morte.

Em entrevista, o chefe de polícia de Milão, Antonio De Iesu, disse que os policiais faziam patrulha de rotina e não tinham a ideia de que o suspeito estava na cidade. Segundo a mídia local, ele havia acabado de chegar da França em um trem. Ele foi identificado pelas impressões digitais.

O Ministério do Interior alemão afirmou que a morte de Amri é um "alívio". "Somos gratos às autoridades italianas pela estreita troca de informações mantidas em sigilo", disse o porta-voz da diplomacia alemã, Martin Schäfer.

Já a chanceler alemã Angela Merkel disse estar aliviada com a morte do suspeito, em entrevista em Berlim. Ela agradeceu as autoridades italianas, em especial os dois policiais que efetuaram a abordagem. Com informações da Folhapress.

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