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Incêndio contaminou água em Santos, diz relatório

Segundo o gerente da Agência Ambiental da Cetesb, a água usada para conter as chamas foi despejada no estuário pelo sistema de escoamento

Incêndio contaminou água em Santos, diz relatório
Notícias ao Minuto Brasil

07:43 - 06/04/15 por Notícias ao Minuto Brasil

Brasil Geral

O incêndio que começou na quinta-feira no pátio da Ultracargo, em Santos, provocou a contaminação da água do canal do estuário e pode ser a causa da morte de milhares peixes. É o que indica relatório preliminar da empresa enviado à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e divulgado na noite de domingo, 5. O documento também aponta alteração na qualidade do ar. Nesta segunda-feira, 6, equipamento do Exército deve monitorar o ar na região.

Segundo o gerente da Agência Ambiental da Cetesb em Santos, Cesar Eduardo Padovan Valente, "a água usada para conter as chamas foi despejada no estuário pelo sistema de escoamento da Ultracargo contaminada com combustível, provocando alteração da temperatura e saturação do oxigênio, provavelmente causando a morte dos peixes". Entre os animais mortos estão bagres, garoupas e espécies com até 70 centímetros de comprimento. Uma empresa recolhe os peixes mortos.

Ainda no domingo, dos seis tonéis que armazenam combustíveis atingidos pelo fogo, dois permaneciam em chamas.

"Na página da Cetesb na internet, a qualidade do ar na região do incêndio está classificada como N3-Ruim", diz o meteorologista Ivan Gregório Hetem. Segundo ele, a fumaça é mais preocupante do que uma possível chuva ácida. "A fumaça que está sendo inalada na área do incêndio tem concentrações de SO2 (dióxido de enxofre) muito acima das recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. O limite é 40 e o verificado lá é maior do que cem. A melhor providência é se afastar do local."

O dióxido de enxofre - mesmo gás expelido por veículos - é formado a partir da queima da gasolina. Ao reagir com a umidade do ar, ele se transforma em ácido sulfúrico.

A secretária estadual do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, esteve no local anteontem e falou sobre possíveis penalidades à Ultracargo. "Existe uma legislação estadual. E também é possível aplicar o Decreto Federal nº 6.514. A multa chegaria a R$ 50 milhões, mas aplicação depende de análise mais detalhada."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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