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Ex-ministro do STF denuncia 'ditadura dos partidos'

Ex-integrante do Supremo Tribunal Federal lança apelo ao Congresso: é hora de criar 'candidaturas avulsas' no Brasil

Ex-ministro do STF denuncia 'ditadura dos partidos'
Notícias ao Minuto Brasil

14:14 - 02/04/16 por Notícias Ao Minuto

Política Candidatura

O ex-integrante do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Célio Borja, apela

ao Congresso Nacional para defender aquilo que para ele seria uma grande novidade no cenário político brasileiro: a adoção de candidaturas independentes, segundo informações do G1.

Isso significa dizer que

qualquer cidadão brasileiro teria o direito de se candidatar a cargos no Legislativo e

no Executivo,

inclusive à Presidência da República,

sem necessitar se filiar a partidos políticos.

O ministro afirma que a existência dessas

candidaturas seriam uma boa

demonstração de liberdade no exercício de direitos políticos. Borja

utiliza

palavras duras ao se referir ao panorama político: Atualmente

os partidos exercem

uma ´ditadura´. Quem não se filiar não pode se candidatar a nada,

nem no Legislativo nem no Executivo.

Para Célio

Borja,

a existência de "candidaturas avulsas" deveria ser discutida, sim, pelo Congresso Nacional.

O embate ocorreria, pois

os partidos dificilmente aceitariam abrir mão do "poder" que hoje exercem na escolha de candidatos.

Aos 87 anos, o ex-presidente da Câmara

foi líder do governo

Geisel

na Câmara dos Deputados, mas tentava evitar, por exemplo, a truculência das cassações de mandatos.

"Acho extremamente inconveniente a ditadura dos partidos,

que se transformaram em ditaduras. A Constituição fez uma loucura: condicionou a candidatura a cargos eletivos à apresentação de um partido. Se você não for membro de um partido e ele não lhe apoiar a candidatura, você não é nada, não pode ser nada. Como se pode quebrar essa ditadura? Penso que a maneira mais simples é a inglesa: você pode ser candidato avulso. Você se apresenta com o apoio de um número determinado de eleitores. Quinze, vinte mil eleitores apresentam a candidatura. Fazem as vezes do partido. Tornam séria a candidatura, portanto - porque, se você fosse candidato de você mesmo, não tinha muita graça...Mas, dessa maneira, não: você tem o apoio expressivo de uma parte do eleitorado e, portanto, mostra que tem condições também de se eleger. Penso que essa é uma salvaguarda contra a

tiranização

que os partidos exercem sobre a vida política", declarou Borja em entrevista ao

GloboNews.

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