O PT não tem apoiado a possibilidade de fazer um plebiscito sobre novas eleições, proposta da presidente afastada Dilma Rousseff caso o impeachment seja barrado no Senado. Nesta terça-feira (22), a direção executiva do partido excluiu da proposta de uma resolução, diz o jornal O Globo.

Os líderes da legenda decidiram, também, adiar um encontro partidário marcado inicialmente para dezembro, sob justificativa de aumentar o tempo destinado a debates nos estados antes de uma reunião nacional.

"A questão (do plebiscito) está posta por ela. Ela se dispõe, voltando à Presidência, a propor a convocação de um plebiscito. Cabe ao Senado, por maioria simples, convocar um plebiscito", explicou o presidente do partido, Rui Falcão, ao ser perguntado sobre a falta de referência do plebiscito na resolução.

A legenda mantém, no entanto, a palavra "golpe" para descrever o processo de impeachment de Dilma. No início deste mês, Falcão já havia declarado que considerava o plebiscito "inviável" porque, caso todos os trâmites legais fossem seguidos, o processo seria concluído em 2018 - a tempo das eleições.