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Eleição na Câmara: deputados não detalham despesas de campanha

Gastos com transporte, alimentação e hospedagem não são divulgados por candidatos à presidência da Casa

Eleição na Câmara: deputados não
detalham despesas de campanha
Notícias ao Minuto Brasil

06:40 - 19/01/17 por Notícias Ao Minuto

Política Sem transparência

A campanha para presidente da Câmara, cuja eleição ocorre no dia 2 de fevereiro, anda a todo vapor. Os candidatos chegam a viajar para até dois estados por dia, mas os gastos com transporte, alimentação e hospedagem são um mistério.

Como a disputa não segue a legislação eleitoral, os deputados não são obrigados a prestar contas das despesas que, segundo eles, são pagas pelos partidos, com dinheiro do próprio bolso, e até mesmo com a ajuda de "vaquinhas" feitas pelos colegas.

Um dos candidatos, Jovair Arantes (PTB-GO) começou a rodar o país na semana passada. Além de contratar uma assessoria de imprensa apenas para a campanha, ele produziu material gráfico como adesivos, panfletos e vídeo promocional. No entanto, não detalhou seus recursos da campanha. "Ainda não foi feito um balanço", informou.

Ele, que viaja em avião particular emprestado pela Globo Aviação-Táxi Aéreo e Manutenção Ltda., disse também que a comunicação foi paga por ele e que as refeições são custeadas por "apoiadores da campanha nos Estados".

Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ainda não lançou candidatura mas já percorreu sete capitais e deve a mais duas nesta quinta-feira (19), disse por meio de sua assessoria, que os gastos com as viagens são pagos pelo partido, o DEM. Mas os valores não foram informados. Já as refeições seriam bancadas por cada parlamentar convidado, de acordo com ele.

"Não há candidatura posta ainda. O deputado Rodrigo Maia está consultando lideranças nos Estados sobre a possibilidade de disputar a presidência da Casa", informou a assessoria.

O único a detalhar valores, Rogério Rosso (PSD-DF) disse já ter gasto R$ 12 mil de "recursos próprios" com passagens aéreas, hotéis, táxis e refeições. "Não tenho material gráfico impresso, mas apenas digital produzido por mim mesmo e não contratei assessoria de imprensa para a campanha". 

Já o candidato oposicionista André Figueiredo (PDT-CE) disse não ter gasto "praticamente nada". "Fizemos impressos que ainda não paguei, mas a conta não deve chegar a R$ 2.000 e vai sair do meu bolso", diz. "Estou muito propenso a não fazer viagens. Penso que são inócuas. O que vai determinar o posicionamento de cada parlamentar não vai ser o posicionamento do candidato no seu Estado", completou.

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