João Santana vira réu na Lava Jato após Sergio Moro aceitar denúncia
João Santana passa a responder aos primeiros processos na primeira instância
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Política Primeira instância
O juiz
responsável pela Operação Lava Jato,
Sérgio
Moro aceitou nesta sexta-feira (29) duas denúncias apresentadas contra o publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura
O ex-presidente do Grupo Odebrecht Marcelo Odebrechttambém virou réu, juntamente com
outras 14 pessoas.
De acordo com o G1, eles passam
a
responder por crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro em mais dois processos da
operação.
Tiveram origem na 23ª fase, batizada de Acarajé, as denúncias
sobre os
pagamentos feitos ao
marqueteiro
de campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana, e na 26ª
etapa, que apurou a suspeita de que
a
Odebrecht possuía um departamento responsável por fazer pagamentos de vantagens ilegais
a servidores públicos.
Com este,
Marcelo Odebrecht
responderá a três processos
na primeira instância.
O executivo
já foi condenado a 19 anos e quatro meses em uma das ações e recorre junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
João Santana passa a responder aos primeiros processos na primeira instância.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, nas investigações da 23ª fase, João Santana
e
Mônica Moura
aparecem como suspeitos de receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras e do engenheiro
Zwi
Skornicki, apontado como um dos artculadores do esquema na estatal.
Há indícios de que
Santana recebeu US$ 3 milhões
de
offshores
ligadas à Odebrecht,
de acordo com a Polícia Federal (PF),
entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões de
Skornicki, entre 2013 e 2014.
O engenheiro
é representante no Brasil do estaleiro
Keppel
Fels
e,
conforme aponta
o Ministério Público, foi citado por delatores do esquema como elo de pagamentos de propina.
Fora os pagamentos no exterior, planilhas apreendidas pela PF com uma funcionária da Odebrecht mostram que a empreiteira pagou R$ 22,5 milhões a alguém com o codinome "Feira", entre outubro de 2014 e maio de 2015. A esta época
a Operação Lava Jato já havia sido deflagrada e
em período que coincidiu com as eleições presidenciais de 2014.
Para os investigadores, "Feira" era usado para fazer referência ao casal.
Deltan
Dallagnol
disse ainda que João Santana e Mônica Moura tinham conhecimento da origem espúria do dinheiro.
"É certo
que João Cerqueira
de
Santana
Filho
e
Monica
Regina
Cunha Moura não são agentes públicos, mas se, como afirma a Acusação, receberam conscientemente recursos provenientes de acertos de propinas entre dirigentes da Petrobras e empresas fornecedoras da estatal, são passíveis de responsabilização por crime de corrupção passiva", afirmou o juiz, ao receber a denúncia.
O publicitário e sua mulher
foram beneficiados com
pagamentos ilegais, mesmo com a Lava Jato em curso, segundo o
MPF. Para o coordenador da força-tarefa, o procurador
Deltan
Dallagnol, foram 45 pagamentos, totalizando R$ 23,5 milhões, de 24 de outubro de 2014 a 22 de maio de 2015.