A cidade mineira de Mariana foi o palco da maior tragédia ambiental do Brasil, com o rompimento da barreira da Samarco, em novembro de 2015. No entanto, segundo a Folha de S. Paulo, o município vai manter o Carnaval.

O motivo é que, não fazer a festa seria um passo para a “morte” da tradição carnavalesca. Essa é a opinião de Vicente Freitas, secretário de Cultura da cidade. Porém, o orçamento será 60% menor. Isso pode ser explicado pelo fato de que o “mar de lama” provocou um prejuízo de até R$ 70 milhões aos cofres municipais.

“Vamos fazer o Carnaval tradicional, de marchinhas, com apresentação e valorização de bandas locais, além de grupos de dança”, explicou Freitas. Três escolas de samba vão desfilar. “Nós já tínhamos discutido muito a realização ou não do Natal de Luz, e resolvemos fazer, assim como o Carnaval, apesar dos problemas todos”, disse.

“A tragédia deixou a imagem de que a cidade foi devastada, mas na zona urbana não aconteceu nada. Se apagar o Natal e o Carnaval do nosso calendário, morremos juntos”, completou o secretário.