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Desistência em tratamento anticrack de Doria chega a 73%

Apenas 17% das internações foram concluídas

Desistência em tratamento anticrack
de Doria chega a 73%
Notícias ao Minuto Brasil

05:36 - 08/08/17 por Notícias Ao Minuto

Brasil São Paulo

Dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo apontam que apenas 17% dos usuários de drogas da cracolândia internados pela gestão João Doria (PSDB) concluíram o tratamento.

Desde que Doria foi derrotado na Justiça por pedir a internação de usuários à força, o número de encaminhamentos voluntários - ou seja, por vontade do usuário - foi de 842. Deste número apenas 122 internações foram levadas até o fim.

Outro dado é que 73% das internações, equivalente a 536 casos, foram interrompidas a pedido do usuário.

A coordenadora da comissão de drogas da Associação Brasileira de Psiquiatria, Ana Cecília Marques, classifica a parcela de internações concluídas como "baixíssima". A especialista comparou o resultado com a adesão na casa dos 50% que, segundo Marques, existe na rede particular onde trabalha.

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Marques diz que a explicação para a estatística pode estar relacionada ao perfil do usuário. "Em ambulatório particular, não é um paciente que está nas condições em que o Redenção atende. Meu paciente, apesar de muitas vezes em estado grave, tem família, tem apoio em casa", diz.

A especialista acredita que, para melhorar a adesão, talvez seja preciso focar no perfil dos usuários. "A primeira coisa é conhecer a amostra, qual o perfil dos pacientes que estão lá, quantos são dependentes, quantos tem doença mental", explica.

O coordenador do programa de combate ao crack da prefeitura, o psiquiatra Arthur Guerra, diz que as recaídas fazem parte do "quadro clínico nessas doenças crônicas, não só para dependência química".

De acordo com a Folha de S. Paulo, o especialista afirmou que como as internações são voluntárias, os usuários não podem ficar internados de forma involuntária.

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