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Pernambucano lança single de protesto no Dia do Frevo; ouça

"Morrer em Pernambuco" é a primeira faixa do novo álbum de Juliano Holanda

Pernambucano lança single 
de protesto no Dia do Frevo; ouça
Notícias ao Minuto Brasil

14:12 - 09/02/17 por Notícias Ao Minuto

Cultura Música

Um requiém em formato de frevo de bloco. Assim é a faixa "Morrer em Pernambuco", single lançado pelo cantor e compositor pernambucano Juliano Holanda, nesta quinta-feira (9), Dia do Frevo. Composta como parte da trilha sonora do espetáculo teatral "Ossos", do Coletivo Angu, a faixa também é a primeira do novo disco, que Holanda pretende apresentar até o fim do semestre.

O videoclipe, produzido, dirigido e gravado por Mery Lemos, da Anilina Produções, é, "pra apresentar a música. Pra falar umas coisas que ela não soube. Ou não quis", explicou o cantor em postagem no Facebook. "Ela está dedicada a todos os que fizeram vídeos, curtiram e sentiram", ofereceu o artista em reverência a uma série de versões de "Morrer em Pernambuco" postadas nas redes sociais por colegas, como um endosso ao protesto musical de Juliano.

As interpretações voluntárias mobilizaram artistas - como o guitarrista Paulo Rafael, o contrabaixista Yuri Rabid, o bandolinista Rafael Marques, o cantor e compositor Vertin Moura - ganharam hastag #morrerempernambuco e muita força nas redes sociais. Houve até contribuições de pernambucanos que estão fora do país, como o contrabaixista Walter Areia, de Lisboa, e violonista Rodrigo Samico, da França.

Parceira musical de Juliano desde o primeiro álbum, "A arte de ser invisível (2013)" até a trilha sonora da minissérie global "Amorteamo", Isadora Melo também canta em "Morrer em Pernambuco". Além da cantora e atriz, a faixa tem as participações de Marcello Rangel (voz), Rafael Marques (bandolim), Carlos Amarelo (percussão). No coro, junto com Juliano, aparecem: Mery Lemos, Isadora Mello e Marcello Rangel.

Confira a letra de "Morrer em Pernambuco" na íntegra:

Morrer em Pernambuco

Do jeito mais duro.

Do jeito mais escuro.

Como quem se afoga no rio.

Como quem morre de frio.

Morrer em Pernambuco

Como quem morre pela boca.

Como quem engole própria língua

E míngua

E mágoa

Como quem perde o sotaque

Aos poucos

E engole as palavras sem um copo d´água.

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