Somente no Reino Unido, foram são reportados cerca de 40 casos de síndrome do choque tóxico, uma condição rara provocada por uma infecção bacteriana – sendo que metade dos casos estão ligados a mulheres que fizeram uso de absorvente interno.

É de comum conhecimento que é preciso mudar este tipo de absorvente com uma certa frequência – a cada quatro ou oito horas -, mas com relação a dormir ou não com eles, as opiniões dos especialistas não são consensuais. Os sintomas dessa síndrome incluem febre alta (39º), náuseas, vômitos, diarreia e sintomas de gripe (tosse, dor de cabeça, garganta e de músculos).

A ginecologista-obstetra Dra. Pari Ghodsi diz à revista Glamour que a decisão de dormir com o absorvente é subjetiva e depende completamente do ciclo da mulher.

"A mulher pode usar todas as opções à noite para parar o fluxo de sangue que ela usa durante o dia. A sua escolha pode depender do seu fluxo. Se tem muito fluxo, um absorvente pode não ser capaz de absorver todo o seu sangue menstrual durante a noite."

Contudo, outros especialistas recomendam que o produto não seja usado durante a noite.

A Dra. Dasha Fielder afirma ao site australiano Mamamia que o limite de oito horas é muito longo. “Não se deve de forma nenhuma deixar tampões durante toda a noite; em vez disso opte por absorventes comuns enquanto dorme. E troque o absorvente interno de três em três horas."

A especialista afirma que nem sempre é possível mudar o absorvente interno com tanta frequência, por isso ela alerta que deixá-lo durante a noite aumenta o risco de síndrome do choque tóxico.