Novo tratamento para pancreatite utiliza células estaminais
Estudo revela a eficácia de novo tratamento para pancreatite aguda que recorre ao uso de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical
© Christinne Muschi/Reuters
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A pancreatite aguda é uma inflamação da glândula pancreática, uma condição grave que resulta muitas vezes na morte (necrose) de parte do pâncreas ou mesmo de todo o órgão.
Numa pessoa saudável, o pâncreas é responsável pela produção de enzimas digestivas essenciais para a regulação dos níveis de açúcar no sangue, que são ativadas no trato digestivo. Em situação de pancreatite, as enzimas pancreáticas ativam-se ainda dentro do próprio órgão com consequente início de digestão do mesmo, podendo chegar ao estado de necrose.
Os resultados do estudo revelaram que as intervenções com células estaminais provocaram melhorias significativas no tratamento e na taxa de sobrevivência dos pacientes. O uso da terapia celular também diminuiu significativamente a frequência de complicações pós-operatórias, melhorou a qualidade de vida dos pacientes e acelerou a recuperação desta condição difícil e muitas vezes fatal.
Na Ucrânia, desde 2012, já é possível tratar a necrose pancreática utilizando Pancrostem. Este produto está ainda a ser testado no tratamento de outras patologias como a cardiomiopatia, hepatite, cirrose hepática e diabetes tipo 2.
A pancreatite aguda é classificada como o terceiro distúrbio mais prevalente da cavidade abdominal provocada, maioritariamente, pelo abuso de álcool e por cálculos biliares, e requer a intervenção cirúrgica urgente.