Ciclismo e treino de força: como atingir máxima performance
Intercalar treinos de bicicleta e musculação e buscar acompanhamento profissional individualizado são as melhoras escolhas para se dividir nos dois esportes
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Os treinamentos dos ciclistas possuem algumas particularidades, se comparado a outras modalidades. Por se tratar de um esporte que exige muito do corpo, o atleta deve realizar uma boa preparação física para melhorar sua performance, seja ele amador ou profissional. No ciclismo, músculos grandes não são garantia de um bom desempenho, o que destaca o praticante é sua capacidade de força.
Os treinos físicos dos ciclistas devem priorizar força e potência com cargas, poucas repetições e longo intervalo, fazendo assim uma adaptação neural, que segundo a preparadora física Giovana Kaupe significa que o cérebro aprende a mandar estímulos aos músculos, tornando o treino mais eficiente.
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“Com esse tipo de treinamento, a pessoa consegue desenvolver suas fibras mais rapidamente, as ativando no momento que o ciclista produzir força supramáxima, como em ataques para escapar do pelotão. O treino de força também pode melhorar a economia de movimento, quando o corpo gasta menos energia para produzir a mesma força”, explica.
A especialista também diz que o ideal para os ciclistas é treinar no máximo três vezes por semana, pois quando adicionado aos treinos de ciclismo, o corpo pode sofrer um overtraining. “O fortalecimento precisa ser eficiente e não adicionar volume de treino desnecessário. Uma boa saída é desenvolver força no período off-season e depois só mantê-la no resto da temporada”, sugere Giovana.
Para seguir essas dicas da especialista é de extrema importância não se aventurar e montar treinos sem acompanhamento especializado. Além de não obter o resultado desejado nas performances, o atleta pode sofrer lesões que podem o afastar do ciclismo. Ronaldo Serpa, atleta amador de cross triátlon, buscou acompanhamento profissional para ajudá-lo na preparação física aliada aos treinos de bicicleta, corrida e nado. “Eu treinava sozinho na academia, paralelamente com meus treinos de triátlon, mas só tive evolução verdadeira nas competições quando acionei um profissional de educação física e mudei minha alimentação, que é outro importante pilar”, comenta Serpa.
O atleta amador já está no mundo do triátlon há dois anos e iniciou na modalidade de uma maneira inusitada: uma infecção. “Eu sempre gostei de correr em trilhas de montanha, mas acabei com uma infecção nas pernas e fiquei alguns dias internado. Como substituição de atividade para me recuperar, comecei a nadar e andar de bicicleta e ganhei gosto por isso. Hoje pratico mountain bike, corridas em trilha e nado, me sinto ótimo”, comenta o triatleta.