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EUA condenam decisão do presidente de Ruanda de se recandidatar

"Estamos particularmente preocupados com as mudanças que favorecem um indivíduo em detrimento do princípio de transição democrática", conclui o porta-voz do Departamento de Estado

EUA condenam decisão do presidente de Ruanda de se recandidatar
Notícias ao Minuto Brasil

05:57 - 03/01/16 por Notícias Ao Minuto

Mundo Mandato

Os Estados Unidos criticaram, no sábado (2), a intenção do Presidente de Ruanda, Paul Kagame, de se candidatar a um terceiro mandato, manifestando "profunda desilusão" e preocupação.

Washington e a União Europeia têm vindo a expressar o seu desacordo em relação à decisão de Kagame e apelaram ao seu afastamento em 2017, de modo a permitir novos atores e o florescimento da democracia.

"Com esta decisão, o Presidente Kagame ignora a oportunidade histórica de reforçar e solidificar as instituições democráticas que o povo do Ruanda luta para estabelecer há mais de 20 anos", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, em comunicado.

Na sexta-feira (1), Kagame anunciou que iria concorrer novamente, de acordo com uma revisão constitucional que contou com apoio maioritário num referendo.

Os eleitores aprovaram, no referendo de 18 de dezembro, uma revisão constitucional que permite a Kagame, de 58 anos, candidatar-se a um excepcional terceiro mandato em 2017.

Por conseguinte, as novas regras permitem que se candidate a outros dois mandatos de cinco anos, até 2034, cimentando o seu poder no país que controla desde que as suas forças rebeldes puseram fim ao genocídio de 1994, que matou 800 mil pessoas.

"Os Estados Unidos acreditam que transições constitucionais de poder são essenciais para democracias fortes e que os esforços dos titulares para mudar as regras de modo a ficarem no poder enfraquecem as instituições democráticas", afirma Kirby.

"Estamos particularmente preocupados com as mudanças que favorecem um indivíduo em detrimento do princípio de transição democrática", conclui.

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