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Ativistas fazem vigília por 1.500 peixes mortos em explosão de aquário em Berlim

Segundo relato da DPA (Agência Alemã de Imprensa, na sigla original), uma mulher que estava conversando com os ativistas começou a chorar.

Ativistas fazem vigília por 1.500 peixes mortos em explosão de aquário em Berlim
Notícias ao Minuto Brasil

18:20 - 17/12/22 por Folhapress

Mundo Alemanha

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ativistas em defesa dos direitos dos animais fizeram, neste sábado (17), uma vigília em frente ao hotel em Berlim onde explodiu um aquário gigante e quase 1.500 peixes morreram.
Cerca de dez manifestantes se posicionaram em frente ao Radisson Blu, no centro da capital alemã, no início da tarde, com cartazes que diziam: "Peixes são amigos, não são decoração" e "Descanse em paz, família de peixes-borboleta". Os manifestantes puseram velas acesas na calçada.


Segundo relato da DPA (Agência Alemã de Imprensa, na sigla original), uma mulher que estava conversando com os ativistas começou a chorar.
"Precisamos repensar completamente a concessão de licenças que autorizam projetos como esses", disse uma porta-voz do Partido da Defesa dos Animais, que organizou a vigília. "Inúmeros animais já morrem só ao serem transportados. É necessário ter um recife de coral artificial no meio de Berlim?", questionou.


Na sexta-feira (16), data em que ocorreu a explosão, a entidade de defesa de animais Peta afirmou que planejava entrar com uma ação judicial contra o hotel que abrigava o aquário e reivindicou que o local construa um memorial em homenagem aos 1.500 animais marinhos mortos.
"Animais não existem para serem explorados como ambientação", disse a organização em comunicado. "[Esse acidente] deveria ser um alerta para as pessoas impedirem que animais sejam exibidos como se fossem simplesmente decoração de parede de hotel."


A reação foi semelhante a de vários outros ativistas pelo globo. Secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard afirmou que o episódio era uma "metáfora para a arrogância humana, o consumismo infinito e a sede por emoções fortes, sede de emoção, com conseqüências devastadoras para outras espécies" em uma postagem no Twitter.


A Reynolds Polymer Technology, empresa americana que participou da construção do aquário, enviou uma equipe de especialistas à Alemanha para investigar as causas do incidente. "Ainda é cedo para determinar o fator ou os fatores que levaram a uma rachadura como essa", afirmou a empresa em comunicado, de acordo com relatos dos jornais alemães Die Welt e Frankfurter Allgemeine Zeitung.


A causa da explosão ainda é desconhecida, mas uma das suspeitas das autoridades é de que as baixas temperaturas tenham provocado rachaduras na estrutura, que acabou cedendo à pressão das mil toneladas de água. Há suspeitas ainda de que tenha havido fadiga de material.
Duas pessoas foram feridas por estilhaços após o incidente, incluindo um funcionário do Radisson. Cerca de 350 hóspedes do hotel deixaram o local a pedido das equipes de emergência, que temem danos estruturais. Segundo socorristas, na tarde do sábado ainda havia cinco centímetros de água na garagem subterrânea do hotel.


Marielle Tierney, 46, contou à Folha que achou que uma bomba tivesse caído perto de seu apartamento, vizinho ao hotel, no momento da ruptura. A americana comparou os danos do incidente a de um tsunami, e afirmou que também garagem de seu prédio foi alagada, assim como as unidades de armazenamento localizadas no subsolo. "Tentei salvar alguns dos meus pertences, mas vamos ver", disse.


O AquaDom foi fechado para reformas em outubro de 2019. Devido à pandemia de Covid-19, seguiu fechado por quase três anos, até junho deste ano. Segundo a empresa que o administra, o aquário abrigava espécies que vão de peixes-palhaços, como o do filme "Procurando Nemo", a cavalos-marinhos, águas-vivas e arraias.

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