Hanako, a fêmea elefante mais velha e respeitada no Japão, "morreu tranquilamente" na última sexta-feira (20), aos 69 anos, deixando os japoneses de luto, após muitos protestos contra sua vida presa num cativeiro.

Hanako, palavra que significa "Criança Flor" em japonês, se tornou uma celebridade no ano passado após uma campanha internacional para melhorar as más condições de vida que ela tinha

no Inokashira Park Zoo, em Tóquio.

A causa de morte ainda não foi descoberta, disseram seus tratadores à agência AFP. O corpo passará por autópsia e será doado para um centro médico de pesquisa.

De acordo com o Livro dos Recordes, o elefante mais velho conhecido foi Lin Wang, um espécime asiático que viveu até aos 86 anos e que morreu em 2003, no zoológico de Taipei. Elefantes de cativeiro têm uma expectativa de vida mínima de 40 anos.

Os fãs se reuniram

na sexta-feira no zoológico onde ela vivia para prestarem homenagem. Mais de 70 cartões de condolências foram deixados por simpatizantes para Hanako.

"Os fãs estão visitando o parque para colocarem flores em frente ao recinto de Hanako", disse o responsável pela informação e educação do zoológico, Hiroshi Mashima.

Hanako morreu após 20 membros da equipe de tratadores, com a ajuda de uma corda, tentarem levantá-la e colocá-la de pé, uma técnica comum utilizada quando os elefantes permanecem deitados no chão, disse Mashima.

Os elefantes podem morrer se permanecerem deitados de lado durante um longo período de tempo porque podem esmagar os seus órgãos internos, explicou Mashima, afirmando que Hanako "morreu silenciosa e calmamente".

"É realmente uma pena. Ela era o elefante mais amado no Japão", disse a responsável pelo zoo, Kiyoshi Nagai, à agência de notícias Kyodo.

A elefante foi adquirida pelo Japão em 1949, como um presente do governo tailandês, quando tinha apenas dois anos. Sua história foi transformada em livros para crianças e num programa de televisão.

Em 1956, um homem, sobre o efeito de bebidas alcoólicas, se infiltrou,durante a noite na jaula de Hanako. A ação forçou seus tratadores a mantê-la acorrentada durante cerca de seis meses.