FBI descobre 15 mil novos e-mails que Hillary Clinton não divulgou
Em 2014, os advogados de Clinton entregaram ao Departamento de Estado 30 mil e-mails relacionados com o assunto e indicaram que não existiam mais mensagens
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Mundo EUA
A Polícia Federal norte-americana (FBI) encontrou quase 15 mil novos documentos relacionados com o escândalo dos e-mails da candidata democrata nas eleições presidenciais nos Estados Unidos Hillary Clinton. Os conteúdos foram divulgados nesta segunda-feira (22) pela imprensa norte-americana.
Os novos documentos foram encontrados durante a investigação do FBI (Federal Bureau of Investigation) sobre a utilização indevida de Clinton de um servidor de correio eletrônico privado quando desempenhava o cargo de secretária de Estado (2009-2013).
Em 2014, os advogados de Clinton entregaram ao Departamento de Estado 30 mil e-mails relacionados com o assunto e indicaram que não existiam mais mensagens.
O Departamento de Estado comprometeu-se a publicar os documentos e assegurou ao juiz federal James E. Boasberg, responsável pelo caso, que a agência diplomática está "dando prioridade" à revisão das novas mensagens.
No entanto, ainda não se sabe se os e-mails serão publicados antes das eleições presidenciais, agendadas para 08 de novembro deste ano e também disputadas pelo candidato republicano Donald Trump.
Enquanto isso, o porta-voz de Clinton, Brian Fallon, assegurou em um comunicado que a equipe da candidata presidencial democrata desconhece qual é a natureza dos documentos agora referidos.
"Como sempre dissemos, Hillary Clinton forneceu ao Departamento de Estado todos os e-mails relacionados com o seu trabalho que estavam na sua posse em 2014. Não sabemos que tipo de material adicional foi encontrado pelo Departamento de Justiça", escreveu Fallon.
"Mas se o Departamento de Estado determinar que qualquer um deles [e-mails] está relacionado com assuntos de trabalho, obviamente que apoiamos que estes documentos sejam divulgados também", acrescentou o porta-voz.
O Partido Republicano reagiu e o presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, reiterou que "Clinton parece incapaz de dizer a verdade".
"O padrão de desonestidade de Clinton é completamente inaceitável para um candidato que procura o mais alto cargo do país, e a sua recusa em dizer a verdade e a sua pobre capacidade de julgamento é uma amostra de como irá atuar se for eleita presidente", considerou o representante conservador.
O escândalo dos e-mails surgiu no início de 2015, quando a imprensa norte-americana revelou que, durante os quatro anos que liderou o Departamento de Estado, Hillary Clinton usou sempre uma conta pessoal de correio eletrônico, através de um servidor privado, para as suas comunicações.
Em julho passado, o FBI recomendou que Hillary Clinton não fosse investigada judicialmente, apesar de concluir no inquérito que a ex-secretária de Estado tinha demonstrado "extrema negligência".
Apesar desta recomendação, o Departamento de Estado norte-americano anunciou a reabertura da investigação interna sobre a forma como Hillary Clinton usou o correio eletrônico quando era secretária de Estado.