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Hotel que receberia imigrantes é alvo de ataque na Itália

Hospedaria no norte do país foi atingida com coquetéis molotov

Hotel que receberia imigrantes é alvo de ataque na Itália
Notícias ao Minuto Brasil

15:44 - 02/07/17 por ANSA

Mundo Intolerância

Dois coquetéis molotov foram lançados neste domingo (2) contra um hotel em Vobarno, no norte da Itália, indicado para receber 35 solicitantes de refúgio nos próximos dias.  

Fechado ao público há quatro anos, o "Eureka" era cotado para participar do programa de realocação do governo italiano, que distribui as dezenas de milhares de deslocados externos que desembarcam nos portos do sul por cidades de todo o país, de acordo com sua população.   

Segundo o proprietário do hotel, Valerio Ponchiardi, um simpatizante do partido ultranacionalista Liga Norte, que defende o fechamento das fronteiras italianas, o convênio com o governo nacional ainda não está assinado. Foi o próprio Ponchiardi quem interveio para apagar as chamas.   

+ Itália recebeu mais de 12 mil refugiados em um fim de semana

"Havia uma hipótese de utilização, mas nenhum acordo foi assinado até o momento", confirmou a prefeitura da Província de Brescia, órgão subordinado ao Ministério do Interior.    Recentemente, o dono do hotel deu declarações a um site local mostrando sua contrariedade à ideia de transformar o Eureka em um centro de acolhimento.   

"Se chegarem solicitantes refúgio, será contra minha vontade", disse na ocasião. O prefeito de Vobarno, Giuseppe Lancini, contou à ANSA que reunira a população de um distrito com 400 habitantes (a cidade tem 8 mil) no último sábado (1º) para anunciar a chegada dos estrangeiros, ideia que foi rechaçada pelos moradores locais.

"Qualquer episódio de violência ligado à invasão clandestina, que obviamente condenamos, é responsabilidade de um governo cúmplice e incapaz", disse o líder da Liga Norte, Matteo Salvini.

Várias cidades italianas têm se levantado contra os solicitantes de refúgio, desde as menores, como Goro, que armou barricadas contra os estrangeiros, até a capital Roma, cuja prefeita, Virginia Raggi, chegou a dizer que não podia mais receber essas pessoas.   

Entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2017, 83.360 deslocados externos desembarcaram nos portos italianos, um crescimento de 18,71% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério do Interior. (ANSA)

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