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Polícia Federal pede busca contra ministro de Lula, mas Barroso nega

Um dos alvos de busca é Luanna Resende, irmã de Juscelino, e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão. Ela também foi afastada do cargo por decisão de Barroso.

Polícia Federal pede busca contra ministro de Lula, mas Barroso nega
Notícias ao Minuto Brasil

11:24 - 01/09/23 por Folhapress

Política OPERAÇÃO-PF

(FOLHAPRESS) - A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta (1º) mandados de busca e apreensão em uma investigação que mira o ministro da Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil-MA).

A PF chegou a pedir buscas contra Juscelino, mas Luís Roberto Barroso, do STF, negou a solicitação.

Um dos alvos de busca é Luanna Resende, irmã de Juscelino, e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão. Ela também foi afastada do cargo por decisão de Barroso.

A investigação mira obras da construtora Construservice contratadas pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) e bancadas com dinheiro de emendas parlamentares, algumas delas enviadas por Juscelino Filho.

A Polícia Federal chegou a pedir para entrar no apartamento funcional do ministro e apreender equipamentos. A Folha de S.Paulo apurou que Barroso apenas deferiu medidas contra pessoas que considerou que havia elementos e indícios de crime.

No caso de Juscelino, as investigações apontavam apenas apresentações de emendas, o que não é crime. Por esse entendimento de que não havia elementos que incriminavam o ministro, Barroso negou o pedido de buscas contra ele.

Isso não descarta a possibilidade de, a depender do fluxo da investigação e da análise das provas, eventuais medidas que envolvam Juscelino no futuro.

Reportagens da Folha de S.Paulo publicadas no ano passado deram fôlego à operação que agora chega à terceira fase. Os investigadores usaram as apurações do jornal que revelaram que a Construservice havia obtido a vice-liderança em licitações da Codevasf apesar dos indícios de crimes contra o seu suposto dono de fato, o empresário Eduardo José Costa Barros.

A operação foi batizada de Benesse e, segundo a PF, mira a desarticulação de uma organização criminosa estruturada para "promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais" da Codevasf.

São cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de São Luís, Vitorino Freire e Bacabal, todos no Maranhão. A investigação, iniciada em 2021, teve a sua primeira fase deflagrada em julho de 2022 e a segunda em outubro do ano passado.

A fase atual, segundo a PF, "alcança o núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense".

Se confirmadas as suspeitas, segue a nota da Polícia Federal, "os investigados poderão responder por fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva".

Um dos principais alvo da investigação é o empresário Eduardo José Barros Costa, sócio oculto da Construservice. Ele foi preso nas primeiras fases da investigação.

As informações coletadas nas primeiras fases aponta que a polícia avalia que Costa tinha fácil acesso à cúpula da estatal. Também suspeita que as licitações da companhia podem ser apenas meios de formalizar o direcionamento da verba à empreiteira.

Isso porque, na leitura dos investigadores, empresas de fachada e ligadas a Costa disputaram algumas das obras entregues para a Construservice. Os agentes da PF levantaram indícios de que o grupo de Costa atuava com seis empresas de fachada e seis laranjas.

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