Expedito Machado Neto, filho do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, fez acordo de delação premiada após ser identificado pela Operação Lava Jato como operador financeiro do esquema relacionado à cúpula do PMDB do Senado.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação de Machado Neto junto com a do pai.

Segundo adiantou a revista Época, Expedito é responsável por um fundo de investimento em Londres, onde mora.

Ele revelou aos procuradores informações sobre o caminho do dinheiro desviado de obras e serviços da Transpetro. O acordo de delação estabeleceu que pai e filho devolverão recursos financeiros provenientes de corrupção investidos no fundo de investimentos.

A reportagem destaca que ainda não foi definido o montante. O rastreio do dinheiro movimentado por Expedito teria convencido Sérgio Machado a colaborar com a Lava Jato. De acordo com a publicação, o filho do ex-presidente da Transpetro tinha como responsabilidade controlar o dinheiro de integrantes do PMDB. Ele seria "o grande laranja" de senadores.

Sérgio Machado é aliado do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) e foi presidente da Transpetro entre 2003 e 2014, quando se licenciou até pedir demissão em 2015.

O jornal O Globo recorda que na última semana, foram divulgadas conversas suas com integrantes do PMDB. O conteúdos das gravações provocaram a exoneração de dois ministros do governo interino de Michel Temer. Romero Jucá (PMDB-RR) deixou o ministério do Planejamento, e Fabiano Silveira pediu demissão do ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. Renan Calheiros e o ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP), também foram gravados por Sérgio Machado.