As manifestações que ocorreram em Porto Alegre no final desta sexta (28) contaram com mais de 50 mil pessoas, segundo movimentos sociais que organizaram os atos. A polícia não informou números.

Funcionários da área da segurança (policiais civis, peritos e agentes) marcharam até a Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, defendidas pelo presidente Michel Temer (PMDB).

No tradicional local de manifestações sociais da capital gaúcha, os servidores encontraram outras categorias como professores e estudantes. Diversos sindicatos também participam do protesto.

Além do descontentamento com as reformas trabalhistas e da Previdência, há reclamações sobre o governador José Ivo Sartori (PMDB). Nesta sexta-feira (28), Sartori parcelou pela 15ª vez os salários dos funcionários estaduais por causa da crise financeira.

Movimentos cobram que Sartori abra a "caixa preta" dos incentivos fiscais dados a empresas, no valor de R$ 9 bilhões, que cobriram o deficit das contas públicas.

PREFEITURA

Um carro de som e diversos manifestantes foram à sede da Prefeitura de Porto Alegre em protesto.

O prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Jr (PSDB), defende a reforma da Previdência. Em entrevista à Folha de S.Paulo, chegou a dizer que o PSDB "não pode ficar em cima do muro" sobre o assunto.

Nesta manhã, Marchezan usou seu perfil no Twitter para criticar os grevistas. O prefeito publicou fotos dos protestos, com bandeiras do Psol e pneus queimados e ironizou: "Trabalhadores???".

Mais tarde, ainda no seu perfil, Marchezan agradeceu aos funcionários que "limpam, constroem, trabalham" enquanto alguns "quebram, destroem, picham, sujam".

A ex-deputada Luciana Genro (PSOL-RS), que já foi candidata à Prefeitura de Porto Alegre e também à Presidência, participou das manifestações e compartilhou imagens dos protestos nas redes sociais. Com informações da Folhapress.

Leia também: Força Sindical afirma que 40 milhões de pessoas não foram ao trabalho