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Brasileiras chegam sozinhas a Portugal e sofrem discriminação

A reportagem do Jornal Nacional procurou as autoridades de fronteira de Portugal, mas elas não quiseram falar

Brasileiras chegam sozinhas a Portugal e sofrem discriminação
Notícias ao Minuto Brasil

13:14 - 13/10/15 por Notícias ao Minuto Brasil

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Mulheres brasileiras dizem que têm sido discriminadas e constrangidas quando desembarcam sozinhas num dos principais aeroportos internacionais de Portugal.

Na reportagem exibida pelo Jornal Nacional, a brasileira Miriam Tavare que há 13 anos trabalha como professora em uma universidade do sul de Portugal, contou que toda vez que volta do Brasil, passa pela mesma situação: ela é separada dos outros passageiros. A professora relata que é assim com as brasileiras. “Das mulheres brasileiras sozinhas, porque eu já entrei também com meu filho ou com outras pessoas e não me pararam. Mas, quando eu venho sozinha, normalmente isso acontece. E só quando venho do Brasil”, relata a professora.

A funcionária consular Iraci Almeida também compartilha da mesma opinião “Totalmente diferente. Passei, ‘vai pra sala’. E os estrangeiros passavam sem nenhum problema”, conta.

Segundo a reportagem, a denúncia foi feita contra os funcionários da alfândega do aeroporto de Faro, no sul de Portugal. A região do Algarve concentra uma grande colônia de brasileiros, já que, como zona turística, oferece muitas oportunidades de trabalho.

As investigações apontam que as histórias de discriminação e preconceito contra as mulheres brasileiras no aeroporto português chegaram ao Consulado Geral do Brasil em Faro, que decidiu oficializar a denúncia e pedir que o governo brasileiro tome providências.

De acordo com a reportagem, o cônsul geral do Brasil em Faro, embaixador Manuel Innocencio, reuniu o conselho da comunidade brasileira para ouvir os relatos. “Nós percebemos que todas as senhoras brasileiras que chegam desacompanhadas são alvo de uma, digamos, revista de bagagem bastante cuidada. Acabam por ser também tratadas de uma forma que eu diria, talvez, pouco cordial”, diz o presidente do Conselho Cidadania do Algarve, Ronaldo Schutz.

O consulado vai pedir que o Ministério das Relações Exteriores faça um protesto junto ao governo português. “Precisamos combater sim o preconceito e já vimos razões mais do que suficientes para ver que isso é uma coisa realmente que não tem sentido”, diz Innocencio.

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