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Operação Zelotes: Defesa de lobistas é negada por executivos

A versão dos lobistas foi refutada pelos executivos do Grupo Caoa

Operação Zelotes: Defesa de lobistas é negada por executivos
Notícias ao Minuto Brasil

15:51 - 08/02/16 por Notícias Ao Minuto

Política Lobby

Existe contradição nos depoimentos prestados pelos executivos do setor automobilístico, na Operação Zelotes. Eles afirmam ter somente exercido trabalho de lobby pela prorrogação de medidas provisórias, o que não foi dito pela defesa de um dos presos.

Na ação penal aberta pela Justiça Federal do Distrito Federal, os advogados de acusados como Mauro Marcondes

e

Alexandre Paes dos Santos afirmam que seus clientes apenas realizaram “lobby legítimo”. Mesmo não sendo regulamentado no Brasil, não pode ser considerado crime.

Entretanto, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, principal executivo do grupo Caoa (que vende carros d mara Hyndai), disse à Polícia Federal, em 26 de outubro, que "nunca foi contratada qualquer pessoa, por parte do declarante, para intermediar negociações com o governo". Afirma ainda que a Caoa "nunca procurou qualquer lobista para obter a prorrogação dos incentivos fiscais".

Segundo a Folha de S. Paulo, o executivo afirmou que Marcondes era "prestador de serviços, representando a empresa junto à Anfavea", associação representativa dos fabricantes da indústria automotiva. Já na versão de Mauro Marcondes, a Caoa o contratou "para o projeto de continuidade de benefício fiscal".

A defesa de José Ricardo da Silva, um dos acusados, falou à Folha que seu cliente também não teria feito lobby.

Silva é proprietário da SGR, contratada pela empresa de Marcondes para buscar a prorrogação das MPs. "A defesa de José Ricardo não admite lobby porque, efetivamente, ele não fez. Mauro é um notório lobista e contratou José Ricardo para subsídios aos argumentos que ele usaria para fazer o lobby. Ricardo deu fundamentação técnico-tributária para isso", afirmou o advogado Getúlio Humberto de Sá.

A defesa de Alexandre Paes dos Santos acredita que não haja nenhuma contradição, pois segundo o advogado Marcelo Leal, peças da investigação "mostram que houve cobrança pelo serviço prestado [pelos lobistas]", mesmo que a "Caoa não admita a contratação para a realização do lobby".

Os acusados Marcondes e José Ricardo manifestaram o direito de permanecer calados em depoimento à Polícia Federal. Além deste dois, Alexandre Paes também está preso na penitenciária da Papuda, em Brasília.

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