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Renan diz que lei antirracismo não ébastante para combater discriminação

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (21) que, apesar de no Brasil racismo ser considerado crime inafiançável, as penas aplicadas ainda não são o bastante para eliminar essa prática. “As penas de reclusão para tais delitos, que podem variar de uma a cinco anos, não são suficientes, se não formos capazes de chancelar ações afirmativas que objetivam corrigir déficits históricos.”

Renan diz que lei antirracismo não ébastante para combater discriminação
Notícias ao Minuto Brasil

13:53 - 21/03/14 por Agência Brasil

Política Presidente

Em sessão solene que teve a participação de artistas como a atriz Zezé Mota e cantora Dhi Ribeiro, além de representantes do movimento negro, o Senado comemorou, nesta sexta-feira, o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. O centenário do ativista negro e ex-senador da República Abdias do Nascimento também foi lembrado.


Renan Calheiros (PMDB-AL) considerou nefastos os atos de discriminação ocorridos recentemente em estádios de futebol. O senador ressaltou ainda que o preconceito ocorre muitas vezes de forma velada. “Permeando e se imiscuindo nas relações interpessoais, a discriminação racial e os preconceitos são acintosos e demandam reações enérgicas e drásticas para combatê-los.”

Esta semana, o Senado aprovou em plenário substitutivo da Câmara que amplia a proteção da dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, o PLS 114/1997. O texto estende a abrangência da ação civil pública à proteção da honra e da dignidade desses segmentos. Agora, o projeto seguirá para sanção presidencial.

No último dia 12, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 2/2003 que altera o Artigo 79 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para permitir o uso do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza em ações de superação das desigualdades raciais.


Por causa do Massacre de Sharpeville, em Joanesburgo, na África do Sul, em 21 de março de 1960, a data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para comemorar a luta internacional contra a Discriminação Racial. Durante uma manifestação pacífica, 69 pessoas morreram e 186 ficaram feridas, depois da ação da polícia do regime de apartheid. À época, a população negra protestava contra o uso obrigatório de um cartão que indicava os locais onde era permitido circular.

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