A Samarco avalia voltar a atuar no Vale do Fundão, região de Mariana (MG) onde uma barragem se rompeu em novembro do ano passado, causando despejo de minério, um rastro de destruição até o litoral do Espírito Santo e 19 mortes.

A hipótese consta em documento enviado pela empresa a órgãos públicos em junho. O pedido foi obtido pelo jornal Folha de S. Paulo, que divulgou a informação neste sábado (30).

No texto, a mineradora propõe, como alternativa à barragem destruída, usar por dois anos a cava (buraco aberto para escavação de minerais) da mina de Alegria Sul para despejar rejeitos. Segundo cálculos, o espaço ficaria cheio até o fim do ano. Em seguida, a empresa seguiria para outras barragem em regime "temporário".

A empresa negou a possibilidade. Em nota, afirma que "possíveis utilizações futuras da área de Fundão demandarão, além da compreensão das causas do acidente, estudos de viabilidade". "Caso se mostrem viáveis, tais estudos serão submetidos aos órgãos ambientais", conclui o comunicado.