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Motorista de vereadora morto em ataque começaria novo emprego

Com a parlamentar, Gomes, que deixou esposa e um filho de 2 anos, trabalhava há apenas dois meses para ajudar na renda

Motorista de vereadora morto em ataque começaria novo emprego
Notícias ao Minuto Brasil

08:07 - 16/03/18 por Notícias Ao Minuto

Brasil Sonho

A morte precoce do motorista Anderson Pedro Gomes, que dirigia o carro em que estava a vereadora Marielle Franco, assassinada com quatro tiros, no Centro do Rio, dia 14, impediu com que ele realizasse um sonho: ser mecânico de aeronaves. O emprego já estava garantido e começaria na próxima semana. Com a parlamentar, Gomes, que deixou esposa e um filho de 2 anos, trabalhava há apenas dois meses para ajudar na renda.

"Ele fez o curso de mecânico há mais de dez anos, na época teve alguns estágios, mas nunca conseguiu trabalhar na área. Quando contou a novidade, ele estava com brilho nos olhos, super empolgado. Começaria em uma semana. Fica uma tristeza muito grande na gente", desabafou o irmão de Anderson, Francisco de Assis Rodrigues, ao Extra.

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Anderson morou muito tempo em Inhaúma, Zona Norte do Rio, onde foi enterrado nessa quinta-feira (15). A família, que mora no bairro até hoje, é da Paraíba, mas foi para a capital fluminense para ter melhores condições de vida. A mulher de Anderson, Agatha Arnaus Reis, 27, terá a missão de cuidar do filho, que faria 2 anos no dia 2 de maio. A criança nasceu com um grave problema de saúde, o que fez com que o pai tivesse outras fontes de renda.

Além de trabalhar com Marielle, também fazia corridas para aplicativos de transporte privado. "Passamos por uma barra juntos, e Anderson estava sempre ali, do lado, louco pelo filho. Vai ser muito difícil ficar sem ele e explicar para o nosso bebê que ele vai ficar sem o pai", lamentou Agatha.

Questionada sobre como surgiu o trabalho com Marielle, Agatha disse que aconteceu por acaso. O motorista oficial teve um problema de saúde e indicou Anderson, que tinha uma relação saudável com a vereadora. "Perdi meu companheiro. Claro que eu também sinto revolta, mas a dor é muito maior", resumiu Agatha.

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