Nuzman entra ‘mudo e sai calado’ da sede da PF; ele só falará em juízo
Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro é acusado de ser o elo entre Cabral e membros do COI no esquema de compra de votos
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Esporte Investigação
O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, entrou “mudo e saiu calado” da sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O dirigente, que entregou às autoridades os três passaportes que tinha (brasileiro, russo e diplomático), se reservou ao direito de só falar em juízo. Ele deixou o local acompanhado de seu advogado e se recusou a falar com a imprensa.
Nuzman é acusado de ser o elo entre o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), no esquema de compras de votos para que a capital fluminense fosse escolhida sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A operação, batizada de Unfair Play, é um desdobramento da Lava Jato.
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