Meteorologia

  • 02 MAIO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Polícia investiga ligação entre 'Baleia Azul' e rede de pedofilia

“Há indícios de que os curadores do grupo pedem para as vítimas fotografarem suas partes íntimas para vender o material”, alertou a delegada Fernanda Fernandes

Polícia investiga ligação entre
 'Baleia Azul' e rede de pedofilia
Notícias ao Minuto Brasil

10:44 - 19/07/17 por Notícias Ao Minuto

Justiça Crime

A delegada Fernanda Fernandes, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), informou que um dos acusados de ser aliciador no esquema 'Baleia Azul', identificado como Matheus Moura da Silva, de 23 anos, foi preso em casa, em Nova Iguaçu.

Na terça-feira (18), segundo informações do Dia, a Polícia Civil realizou a operação Aquarius, que culminou em 24 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária em nova estados do país.

De acordo com os investigadores, os administradores das páginas que aliciam jovens para o desafio, no qual as vítimas são orientadas a realizar 50 atividades entre as quais mutilações pelo corpo e até suicídio, podem estar ligados a uma rede de pedofilia.

+ PF faz operação para combater assassinatos de agentes públicos

Na casa do suspeito, a polícia apreendeu celulares e computadores, que podem revelar novas vítimas e suspeitos de atuarem no grupo. Um adolescente acusado de pertencer ao esquema de aliciamento foi detido em São Paulo. Em seu depoimento, o acusado teria dito que existem pelo menos outros cinco criminosos agindo no Rio.

Segundo a delegada, Matheus confessou ter aliciado pelo menos 30 vítimas, com idades entre 9 e 15 anos.

“Há indícios de que os curadores pedem para as vítimas fotografarem suas partes íntimas para vender o material”, alertou Fernandes.

Uma menina aliciada no esquema chegou a desenhar, com objeto cortante, uma baleia em suas partes íntimas.

De acordo com o inquérito, para ter acesso aos grupos, as vítimas pediam para entrar em páginas do Facebook relacionadas ao desafio Baleia Azul, e logo em seguida passavam por uma “entrevista” feita por um dos curadores. Os jovens só conseguiam acessar as páginas após fornecer dados pessoais e oferecer garantias de que não abandonariam o desafio sem concluir as 50 etapas.

“Se a criança não sofria distúrbios, depois de entrar no jogo certamente vai passar a apresentar sinais de depressão”, afirmou a delegada.

Campo obrigatório