Duas adolescentes confessaram autoria do ‘ranking do sexo’ em Muzambinho, interior de Minas Gerais. As garotas, de 13 e 14 anos, disseram à polícia que, além de escreverem o conteúdo, compartilharam as mensagens. O caso veio à tona depois de uma classificação da "TOP 100 Put...de Muzambinho" nas redes sociais.

“Chegaram sim à autoria de duas meninas, que confessaram. Foram as duas que deram início à lista inicial. Essas meninas já foram ouvidas, juntamente com elas, teve envolvimento de homens maiores [de idade], que são do mesmo grupo delas. Tudo indica que essas meninas começaram a primeira lista”, explicou, ao G1, o juiz que acompanha o caso, Flávio Schmidt.

Após a publicação do ranking, moradoras do município, com apenas 20 mil habitantes, que apareciam na lista, se sentiram injustiçadas e contrataram advogados para tomar providências judiciais. Nomes surgiam nas redes e, quanto mais compartilhavam, mais apareciam outras mulheres vítimas do "ranking. “Nós já temos a autoria de todas essas pessoas que acrescentaram mais nomes. Ao todo, com as adolescentes, são oito responsáveis”, ressaltou o juiz, acrescentando que, no total foram citados 122 nomes.

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Questionado sobre a pena dos responsáveis, Schmidt esclareceu que as medidas judiciais são diferentes por serem menores de idade. “Nós vamos cumprir o que o ECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] determina, que é uma investigação do ato infracional. No momento em que apurarmos, isso é encaminhado ao Ministério Público, que entra com uma representação. Aí elas serão ouvidas, acompanhadas dos pais ou responsáveis”.

As punições, acrescentou o juiz, podem ir de advertências à prestação de serviços à comunidade. Ele ainda enfatizou que o crime pode ser cibernético. “Isso cai principalmente nas pessoas que compartilharam essa lista. Isso sim pode ser considerado crime cibernético”.