Um casal voltava de um supermercado na noite de sexta-feira (29), em Jacarepaguá, zona Oeste do Rio, quando um homem fechou o carro em que estavam e disparou pelo menos onze vezes. A jovem, de 24 anos, e seu namorado foram surpreendidos pelo atirador próximo a um acesso da Linha Amarela, importante via expressa da cidade.

O principal suspeito dos disparos é o corretor de imóveis Paulo Henrique Goulart, de 43 anos, um ex-namorado da vítima que não teria aceitado o término do relacionamento, ocorrido há cerca de oito meses. Os dois teriam ficado juntos por pouco mais de um ano, mas o namoro acabou após um suposto episódio de agressão contra ela.

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A mulher foi atingida no pescoço, no ombro e no tórax, onde o projétil ficou alojado. Segundo o jornal O Globo, ela teve alta pela manhã. O atual namorado, que foi atingido três vezes, segue internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste.

Segundo relato de um parente da jovem à reportagem, o ex-namorado passou a perseguir a vítima, que registrou boletim de ocorrência por ameaça no início de maio. O pai da menina, que pediu para não ser identificado, afirmou que as autoridades, apesar de cientes das ameaças, não tomaram nenhuma providência.

A Justiça chegou a negar um pedido da jovem por medida protetiva contra o ex. A justificativa foi de que, na ocasião, não havia perigo iminente à sua vida. Segundo parentes, no entanto, o suspeito, que ainda não foi localizado, já invadiu armado a casa onde a vítima vive com os pais e seguia seus passos frequentemente.

Ameaças também foram feitas ao atual namorado da vítima e a sua família, que cogitou mudar de bairro por medo. Havia a suspeita de que o ex fosse integrante de uma milícia que atua no bairro de Jacarepaguá.

Mais cedo, na própria sexta (29), a jovem tinha ido com seu namorado à delegacia prestar mais uma queixa por ameaças do ex. Segundo um parente dela, mesmo após o crime, o ex continua a ameaçar pessoas próximas das vítimas. Dois amigos da jovem teriam denunciado o caso nas redes sociais e receberam neste sábado (30) ligações do suspeito, que teria ameaçado-os de morte.

A Polícia Civil não divulgou ainda nenhum detalhe do ocorrido. As investigações estão à cargo da 32ª DP (Taquara). Procurada, a polícia informou que agentes estão em diligências para localizar o suspeito, que teve pedido de prisão solicitado à Justiça.  Com informações da Folhapress.