O jornalista Hermés Galvão decidiu há cinco anos que queria dar a volta ao mundo. Hoje, com 72 carimbos diferentes no passaporte, o viajante dá dicas de como conseguir reduzir custos e como se divertir andando pelo mundo sem lenço nem documento no livro "Como Viajar Sozinho em Tempos de Crise Financeira e Existencial", pela editora Record.

Segundo o jornalista, a obra funciona como um manual para o viajante moderno. "É mais libertador e menos dolorido do que parece. Temos o hábito quase instintivo de viajar em grupo ou a dois, mesmo que mal acompanhados, e quase sempre esperamos pelo momento “certo” em que temos mais dinheiro e uma ótima companhia para sair por aí. Preocupados demais com o que nos deixa estáveis e com o que nos traz segurança, perdemos às vezes oportunidades de nos encontrarmos quando tudo parece estar perdido. Viajar na dureza e na tristeza pode ser mais eficaz que terapia. Sempre voltamos diferentes de uma viagem, mais maduros e mais sensíveis", afirma Galvão.

Sobre recursos para grandes viagens, o jornalista é enfático a dizer que é preciso alguns recursos, mas que dá para se virar com pouco. "Existe uma diferença brutal entre os turistas e os viajantes. O livro é para viajantes. Turistas gostam e gastam de tudo, sem muita distinção. O viajante anda na contramão de uma engrenagem que funciona às custas da falta de informação das pessoas. Sabe quando e com o que gastar sem se sentir subtraído toda vez que põe o pé na rua. Assim, de voos a restaurantes, hotéis e programas culturais, se bem pesquisados, podem custar menos da metade do preço ou ainda darem benefícios que muita gente nem sabe que existem", revela.

Como dicas, Galvão aponta que solicitar a comida "kosher" ou "halal" durante o checkin evita que você coma uma comida muito ruim - além de ter a vantagem de ser servido antes dos outros. Outra dica é entrar por último, quando todos já estão sentados, pois você pode dar a sorte de encontrar poltronas vazias e conseguir ficar em uma posição mais confortável.