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Brasil pede cautela na ONU para evitar expansão da guerra na Ucrânia

O embaixador brasileiro disse ainda que o Conselho e a Assembleia-Geral devem trabalhar juntos e fez um apelo para que russos e ucranianos caminhem para um cessar-fogo imediato

Brasil pede cautela na ONU para evitar expansão da guerra na Ucrânia
Notícias ao Minuto Brasil

19:48 - 27/02/22 por Folhapress

Mundo ONU

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O embaixador Ronaldo Costa Filho, representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas, disse neste domingo (27) que cabe aos países no Conselho de Segurança e na Assembleia-Geral da ONU reverterem a escalada na guerra da Ucrânia.


Em discurso na reunião do Conselho que aprovou uma reunião extraordinária da Assembleia-Geral para debater novas sanções contra a Rússia, o representante brasileiro pediu cautela nas próximas decisões para evitar o agravamento do conflito.


O Brasil apoiou a convocação da Assembleia-Geral apesar, nas palavras de Costa Filho, "das dúvidas quanto ao seu calendário e à sua contribuição para alcançar a paz".


"Essas dúvidas derivam, em última análise, de nosso compromisso inflexível de respeito e interesse em defender a Carta e o próprio papel do Conselho de Segurança", disse.


Segundo ele, não se pode ignorar que algumas das medidas debatidas "aumentam os riscos de um confronto mais amplo e direto entre a OTAN e a Rússia".


"O fornecimento de armas, o recurso a ciberataques e a aplicação de sanções seletivas, que podem afetar setores como fertilizantes e trigo, com forte risco de fome, acarretam o risco de agravar e espalhar o conflito e não de resolvê-lo", disse o Costa Filho em referência às novas possíveis sanções a serem aprovadas.


O embaixador brasileiro disse ainda que o Conselho e a Assembleia-Geral devem trabalhar juntos e fez um apelo para que russos e ucranianos caminhem para um cessar-fogo imediato.


Costa Filho também pediu aos países que facilitem a retirada de todas as pessoas que estejam na Ucrânia e que queiram sair do país.


"Precisamos nos engajar em negociações sérias, de boa fé, que possam permitir a restauração da integridade territorial da Ucrânia, garantias de segurança para a Ucrânia e a Rússia e estabilidade estratégica na Europa", afirmou.

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