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Serra convoca embaixador do Uruguai para se explicar sobre chanceler

A Venezuela acusou o Brasil e o Paraguai de fazerem "bullying" ao novo comando temporário do bloco

Serra convoca embaixador do Uruguai para 
se explicar sobre chanceler
Notícias ao Minuto Brasil

17:08 - 16/08/16 por Estadao Conteudo

Mundo Bullying

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, convocou o embaixador do Uruguai no Brasil, Carlos Amorim Tenconi, a dar explicações sobre as declarações do chanceler daquele país, Rodolfo Nin Novoa, a respeito da presidência do Mercosul.

De acordo com o jornal El País, Novoa teria afirmado, em reunião com deputados na última sexta-feira (12), que o Brasil teria tentado "como que comprar" o voto do Uruguai, oferecendo-se para levá-lo a negociações comerciais com outros países.

Em troca, o Uruguai não transferiria a presidência do bloco para a Venezuela. Essa oferta teria sido feita por Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no dia 5 de julho, quando ambos foram a Montevidéu e se reuniram com o presidente, Tabaré Vásquez. As negociações comerciais seriam com países da África subsaariana e com o Irã.

Na reunião, Nin Novoa reafirmou a posição de seu governo, de que a Venezuela é a legítima presidente do Mercosul e acusou o Brasil e o Paraguai de fazerem "bullying" ao novo comando temporário do bloco. O governo brasileiro não reconhece a presidência da Venezuela, segundo informou Serra em carta enviada aos chanceleres.

O ministro uruguaio minimizou a reunião mantida entre o presidente em exercício do Brasil, Michel Temer, e os mandatários da Argentina, Mauricio Macri, e do Paraguai, Horacio Cartes, na recepção de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio.

Segundo Nin Novoa, foi uma conversa "de coquetel" que não resolveu "absolutamente nada". Ele defendeu, ainda, que a Venezuela não seja punida por não haver internalizado as normas do Mercosul - o que era condição para ela ser considerada membro pleno, a ser cumprida até a sexta-feira passada.

O chanceler afirmou ainda que a democracia não foi rompida na Venezuela, por isso não haveria base para a aplicação da cláusula democrática, como defende o Paraguai. Houve, porém, deputados que discordaram dessa afirmação, segundo relatou o jornal uruguaio.

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