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Ministro do Interior pede renúncia e ameaça governo Merkel

Seehofer e Merkel enfrentam divergência sobre crise migratória

Ministro do Interior pede renúncia e ameaça governo Merkel
Notícias ao Minuto Brasil

09:52 - 02/07/18 por ANSA

Mundo Alemanha

A crise imigratória, o confuso Conselho Europeu da semana passada e a linha dura adotada pela Itália colocam a coalizão governista de Angela Merkel em risco na Alemanha. Diante de uma iminente renúncia do ministro do Interior de Berlim, Horst Seehofer, as Bolsas europeias operam em baixa nesta segunda-feira (2), com a possibilidade de uma grande crise política no país que é pilar de estabilidade na UE.

Seehofer anunciou na noite de ontem (1) sua intenção de renunciar ao cargo de ministro e à presidência de seu partido, a União Social-Cristã na Baviera (CSU), por divergências com Merkel sobre a crise imigratória. O ministro se opõe ao acordo fechado por Merkel na semana passada, no Conselho Europeu, para resolver o problema migratório. No texto, ficaram estabelecidas medidas voluntárias para que cada país possa expulsar imigrantes legais e/ou criar centros de acolhimento e identificação dos estrangeiros, mas o ministro gostaria de ações mais restritas, como o fechamento de fronteiras e o reenvio de imigrantes já registrados em outro país.

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De acordo com fontes locais, a Espanha e a Grécia teriam aceitado receber os imigrantes na Alemanha com registro de entrada em seus próprios países. A Itália, por sua vez, teria recusado a oferta, impedindo que o acordo avançasse. "Um acordo com Roma não foi possível, pois a Itália quer, primeiramente, obter uma redução dos imigrantes que chegam ao seu território, e há uma impressão de estar abandonada há tempos", admitiu Merkel.

O próprio CSU pede que o ministro não renuncie. Seehofer, por sua vez, disse que esperará até três dias para se chegar a um consenso com Merkel. Enquanto isso, porta-vozes de Berlim garantem que a crise "não coloca o governo em risco", apesar da tensão já refletir no mercado financeiro. "A situação é grave", comentou Merkel. (ANSA)

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