Pelo menos nove pessoas, incluindo cinco civis, morreram, neste domingo (16), na cidade síria de Afrine (norte), controlada pelas forças turcas e os aliados sírios, na explosão de um carro armadilhado, segundo uma organização não governamental (ONG). "A explosão ocorreu nas imediações do mercado Al-Hal, próximo de uma posição dos combatentes pró-turcos, causando nove mortos: cinco civis e quatro combatentes", segundo um novo balanço feito pelo diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahmane.

"Mais de 20 pessoas, civis e combatentes, ficaram feridos, alguns em estado grave", acrescentou, adiantando que o balanço "pode ser mais pesado". O atentado, que ainda não foi reivindicado, causou também "importantes prejuízos materiais", segundo Abdel Rahmane.

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A cidade de Afrine foi tomada em março pelas forças turcas e pelos seus aliados sírios à principal milícia curda na Síria, Unidade Pela Proteção do Povo (YPG)

Ancara considera a milícia como um grupo terrorista que emanou do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que desde 1984 lidera a guerrilha em solo turco.

O ataque aconteceu depois de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter ameaçado, na quarta-feira (12), lançar uma nova ofensiva na Síria contra os YPG.

No dia seguinte (13), um soldado turco foi morto na região de Afrine por tiros da YPG, segundo o ministério da Defesa turco.

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A Turquia já lançou duas ofensivas da Síria depois de 2016 para repelir da sua fronteira os jihadistas do Estado Islâmico e depois a milícia YPG, aliada de Washington na luta antijihadista na Síria.

O conflito sírio já fez mais de 360 mil mortos e atirou para o exílio milhões de civis desde 2011. Com informações da Lusa.