Titular de contas bancárias na Suíça, supostamente abastecidas por propina, a esposa de Eduardo Cunha, Claudia Cruz, não quer ser investigada pelo juiz Sergio Moro. Segundo a Folha de S. Paulo, a defesa da jornalista enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal sugerindo sua posição contrária ao pedido da Procuradoria Geral da República para ela seja investigada pela Lava Jato e não mais pelo STF.

"A remessa da apuração da conduta da peticionante [Claudia] ao primeiro grau [Moro] exigiria uma duplicidade de esforços probatórios. Fatos como a licitude dos recursos do denunciado [Cunha], a regularidade das contas, e a compatibilidade dos gastos familiares com a renda podem ser todos demonstrados de uma única vez, em um único ato, de forma a aproveitar a toda a entidade familiar", diz a defesa de Cláudia.

"Ora, se a alegada conta da peticionante [Claudia] seria o instrumento pelo qual o denunciado ocultou parte de seu patrimônio, e se seus gastos pessoais são indicativo de consumo familiar incompatível com a renda, inegável que a produção probatória referente a Eduardo Cunha aproveita a peticionante, seja para beneficiar, seja para agravar sua situação processual", prossegue.