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Renan atua para que sessão do impeachment seja concluída

A cúpula do PMDB na Casa trabalha para que parte de sua bancada retire as inscrições para discursar

Renan atua para que sessão do impeachment 
seja concluída
Notícias ao Minuto Brasil

18:23 - 09/08/16 por Folhapress

Política DILMA-ROUSSEFF

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está atuando diretamente nesta tarde para convencer senadores da base aliada do governo interino que ainda não discursaram na sessão do impeachment desta terça (9) a desistir de suas falas.

O objetivo é garantir que a votação prévia do processo ocorra até o fim da noite.

O peemedebista está chamando senadores de vários partidos, um a um, a seu gabinete para convencê-los sobre a celeridade da votação.

Inicialmente, a previsão era de que a sessão se prolongaria pela madrugada desta quarta (10), mas agora parte dos congressistas acredita que o resultado pode sair ainda nesta terça.

Antes de voltar ao Senado na parte da tarde, Renan esteve com o presidente interino, Michel Temer, de quem tem se aproximado cada vez mais, e almoçou com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais articuladores do impeachment na Casa.

Alguns partidos da base aliada já se articularam para acelerar a fase de discursos. O senador Aécio Neves (MG), por exemplo, discursou em nome do PSDB e, com isso, seis senadores abriram mão de suas falas. Outros quatro mantiveram. No caso do DEM, apenas Caiado e José Agripino (RN) subiram à tribuna.

A cúpula do PMDB na Casa também trabalha para que parte de sua bancada retire as inscrições para discursar. Até agora, três senadores do PMDB discursaram e outros quatro estão inscritos para falar.

Até o momento, 17 senadores já discursaram. Eles têm 10 minutos cada um para apresentar seu posicionamento. No total, foram 55 inscritos. A fase de discursos começou por volta das 14h30.

Pela manhã, o senador Aécio Neves tentou construir um acordo para que a sessão fosse suspensa às 23h e retomada apenas às 9h. Congressistas da própria base reagiram à ideia e passaram a defender a celeridade dos trabalhos.

"Se na primeira vez em que votamos para afastar a presidente nós ficamos até às 5h da manhã, por que vamos interromper agora? As pessoas não estão acompanhando isso aqui. Estão assistindo à Olimpíada mas querem que o processo acabe logo", afirmou o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO). Ele também disse que não aceitaria nenhum tipo de acordo para que o intervalo fosse estabelecido.

De acordo com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, ele acatará a decisão que for tomada em consenso entre todas as lideranças da Casa. Ele é o responsável por conduzir os trabalhos nesta fase, em que os senadores votarão o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável à condenação de Dilma Rousseff.

Ela é acusada de editar três decretos de créditos suplementares sem aval do Congresso e de usar verba de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas "pedaladas fiscais", que custaram em 2015 R$ 72,4 bilhões para serem quitadas. Com informações da Folhapress.

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