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'Eleições de outubro serão um divisor de águas na história', diz FHC

Declaração foi dada durante lançamento de manifesto pela união dos partidos de centro

'Eleições de outubro serão um divisor de águas na história', diz FHC
Notícias ao Minuto Brasil

09:28 - 06/06/18 por Estadao Conteudo

Política Discurso

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta terça-feira, 5, em mensagem lida durante o lançamento de um manifesto pela união dos partidos de centro, que as eleições deste ano representam a chance de recuperar a "legitimidade democrática" no País. O manifesto, cujo teor foi antecipado pelo jornal O Estado de S. Paulo em 17 de maio, foi lançado na Câmara, em um evento esvaziado e sem a presença de nenhum pré-candidato à Presidência.

"As eleições de outubro serão um divisor de águas na história do País. As lideranças políticas precisam enxergar que está em jogo a recuperação da legitimidade democrática da autoridade política ou a desorganização política, econômica e social do Brasil", disse FHC na mensagem, sem mencionar o nome do presidente Michel Temer, que chegou ao poder em 2016 após o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT).

O ex-presidente afirmou que o Brasil precisa recuperar a confiança no futuro e que não será possível chegar lá "voltando ao passado do autoritarismo ou ao passado mais recente do lulopetismo". "O manifesto é um chamado à consciência sobre a gravidade do momento atual e sobre as consequências profundas e duradouras que terão nossas ações e inações", disse o tucano, que não compareceu ao evento.

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O manifesto tem nomes de 30 intelectuais e políticos do PSDB, MDB, PSD, PPS, PV e PTB, mas o lançamento foi prestigiado só por lideranças dos quatro primeiros partidos. Dos 19 políticos presentes, a maioria (13) era do PSDB, legenda que tem o ex-governador Geraldo Alckmin como presidenciável.

O documento divulgado traz como apoiadores políticos do DEM, mas integrantes da sigla negam que tenham assinado o manifesto. "Participamos das reuniões de discussão, mas não assinamos em respeito à candidatura do Rodrigo (Maia)", disse o deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Além do nome dele, o documento trazia como apoiadores os deputados do DEM José Carlos Aleluia (BA) e Heráclito Fortes (PI), na casa de quem foram feitas algumas das discussões sobre o manifesto. O deputado Marcus Pestana (MG), secretário-geral do PSDB e principal articulador do manifesto, por sua vez, garante que os parlamentares do DEM assinaram o documento.

"Não queremos substituir a iniciativa e o protagonismo dos pré-candidatos, que são os maiores atores. Queremos nos restringir ao papel de fermento", afirmou Pestana. "Não estamos criando arqui-inimigos, estamos definindo posições. Se vai ter a unidade de apenas um candidato, isso só o processo vai dizer", disse o presidente do PPS, Roberto Freire.

No manifesto, eles apresentaram 17 propostas para o País. Entre as medidas, estão reformas da Previdência, com adoção de um sistema único para servidores e trabalhadores da iniciativa privada, e tributária, sem aumento de impostos. Também pregam a manutenção do Bolsa Família, mas "recuperando seu caráter educacional". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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