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Ex-secretário de Alckmin e mais 13 são denunciados por fraude em obra

Grupo é suspeito de favorecer empreiteiras na construção do trecho norte do Rodoanel

Ex-secretário de Alckmin e mais 13 são denunciados por fraude em obra
Notícias ao Minuto Brasil

06:00 - 28/07/18 por Folhapress

Política São Paulo

Preso desde junho sob suspeita de favorecer empreiteiras na obra do trecho norte do Rodoanel, o ex-secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB) Laurence Casagrande Lourenço foi denunciado pelo Ministério Público Federal nesta sexta (27) sob acusação de fraude a licitação, associação criminosa e falsidade ideológica.

Lourenço, que ocupou a pasta de Logística e Transportes e foi presidente da Dersa (estatal paulista de transportes), é investigado por suposto envolvimento na assinatura de aditivos contratuais que favoreceram de forma fraudulenta as empreiteiras OAS e Mendes Júnior.

As apurações apontam que esses aditivos teriam causado prejuízos de mais de R$ 600 milhões aos cofres estaduais. Na denúncia, a Procuradoria aponta fraude apenas nos lotes 1, 2 e 3 do Rodoanel norte. O órgão irá requerer a manutenção das investigações sobre os lotes 4 e 5.

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Além dele, outras 13 pessoas foram denunciadas, entre elas o ex-diretor de Engenharia da Dersa Pedro da Silva, que assumiu o cargo na estatal após a saída de Paulo Vieira da Souza, conhecido como Paulo Preto, também investigado sob suspeita de operar propina para o PSDB.

Os procuradores pedem a abertura de um inquérito em separado para apurar suspeitas de corrupção e crimes financeiros.

Se a denúncia for acolhida pela Justiça Federal, os suspeitos passarão à condição de réus em processo criminal.

Lourenço e Silva estão detidos desde o dia 21 de junho, quando a Operação Pedra no Caminho, que apura desvios no trecho norte do Rodoanel, foi deflagrada. Eles foram indiciados pela Polícia Federal no último dia 5. De acordo com os investigadores, os dois foram os responsáveis por adendos que estabeleceram desnecessariamente trabalhos de retirada de blocos de rochas (matacões, no jargão técnico).

Ao ser preso, Lourenço presidia a Cesp (Companhia Energética de São Paulo). Após a operação da PF, em junho, deixou o posto.

Tanto a defesa de Lourenço como a de Silva dizem que eles não estiveram envolvidos em qualquer irregularidade na obra do Rodoanel.

Outros dez suspeitos alvo de denúncia chegaram a ser detidos, mas foram liberam pois o prazo da prisão temporária deles expirou, e não houve conversão para prisão preventiva.

Nesse grupo estão os ex-funcionários e atuais servidores da Dersa Pedro Paulo Dantas do Amaral Campos, Benedito Aparecido Trida, Helio Roberto Correa, Adriano Trassi, Carlos Prado Andrade e Edison Mineiro Ferreira dos Santos, todos ligados à obra do Rodoanel Mário Covas.

O Ministério Público Federal também denunciou executivos de empreiteiras que trabalharam no projeto à época da efetivação dos aditivos. São eles: Carlos Henrique Barbosa Lemos (OAS), Daniel de Souza Filardi Júnior (Mendes Júnior), Márcio Aurélio Moreira (Mendes Júnior) e Enrique Fernadez Martinez (Isolux).

Mais dois funcionários do Dersa não chegaram a ser presoss. São Silvia Cristina Aranega Menezes e Benjamim Venâncio de Melo Júnior. Com informações da Folhapress.

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