O WhatsApp não que inundar os usuários do aplicativo com notificações de segurança com o objetivo de evitar "uma reação alarmista". Por esta razão, o aplicativo mantém desligado no modo padrão o aviso sobre quando um contato troca de aparelho - esta operação abre uma brecha na segurança, que possibilitaria a monitoração de mensagens trocadas.

"Todo o tempo tentamos equilibrar privacidade e segurança com a simplicidade", declarou Brian Acton, cofundador do WhatsApp.

Em janeiro, um pesquisador da Universidade da Califórnia mostrou como é possível "enganar" o servidor do WhatsApp e se passar por outro usuário. O objetivo do especialista era revelar que o aplicativo que permite que pessoas troquem de telefone, mas que as mensagens e a "identidade visual" sejam mantidas. 

A empresa declarou que quando uma pessoa troca de smartphone, o aplicativo cria um novo código de segurança - ou "chave" - que passa a funcionar para o novo aparelho.

De acordo com a Folha de S. Paulo, há um modo avisa aos usuários toda vez que a chave for modificada e houver uma interceptação maliciosa. Porém, esta medida também funcionaria para alertar o que Acton chama de "falso-positivo". Ou seja, quando uma pessoa apenas reinstala o WhatsApp ou troca de aparelho.

"Simplesmente não queríamos inundar as pessoas com notificações de segurança e criar uma reação alarmista", declarou o executivo.

Uma opção seria o aplicativo funcionar como o concorrente "Signal", que não apresenta essa brecha de segurança. Quando a chave é modificada, as mensagens são apagadas.

"Optamos por entregar as mensagens" em vez de apagá-las, declarou Acton ao jornal. "Quando você começa a interromper ou derrubar [apagar] as mensagens por causa de mudanças na segurança, adiciona dificuldades que podem ser prejudiciais ao sistema no geral."

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