Google teria encoberto denúncia de assédio contra criador do Android
Segundo jornal americano, Andy Rubin é suspeito de ter forçado funcionária a fazer sexo oral nele em um hotel
© Thomas Peter / Reuters
Tech The New York Times
O Google teria encoberto caso de assédio sexual envolvendo o executivo Andy Rubin, criador do sistema operacional Android, de acordo com reportagem do jornal The New York Times.
De acordo com a publicação, a saída de Rubin da companhia, em 2014, ocorreu após funcionária da empresa ter acusado o executivo de forçá-la a fazer sexo oral nele em um hotel em 2013.
A informação foi confirmada ao jornal por dois executivos que falaram sob condição de anonimato.
Após notificar Rubin da denúncia, Larry Page, um dos fundadores do Google, pediu que ele renunciasse a seu cargo na companhia.
Como bonificação ao executivo, a companhia americana ofereceu uma bonificação de US$ 90 milhões (cerca de R$ 330 milhões), paga em prestações mensais durante quatro anos -a ultima está prevista para o próximo mês.
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Segundo a apuração do The New York Times, Rubin é um dos três executivos do alto escalão da empresa que foram protegidos após acusações do gênero.
Em outro caso identificado pela publicação, o executivo deixou a empresa, recebendo indenização milionária. No terceiro caso, o executivo segue na empresa e galgou posições mais altas.
Sam Singer, porta-voz de Andy Rubin, negou ao The New York Times as acusações de assédio. Segundo ele, Rubin deixou a companhia por decisão própria.
Eileen Naughton, vice-presidente de recursos humanos do Google, disse ao jornal que a empresa leva casos de assédio sexual e investiga todas as denúncias e tem tomado ações duras em casos envolvendo conduta inapropriada de pessoas em posições de autoridade.
Em resposta à reportagem, Sundar Pichai, presidente-executivo do Google, enviou uma carta aos funcionários da empresa em que afirma que a companhia demitiu 48 executivos nos últimos dois anos como resultado de denúncias de assédio sexual.
Na mensagem, o ele reiterou que a empresa leva esses casos a sério e investiga todos eles. Com informações da Folhapress.